As águas subterrâneas, em especial do Aqüífero Guarani, considerado uma das maiores reservas de água potável do planeta, estão sendo discutidas durante a 58.ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). No evento, que termina sábado, em Florianópolis (SC), serão levantados os desafios, potencialidades e problemas da exploração dessas águas. O Aqüífero Guarani possui 1,2 milhão de quilômetros quadrados, e se estende sob os estados brasileiros que concentram a maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais; além de também ser encontrado no subsolo do Paraguai, Uruguai e Argentina.
O pesquisador do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Hirata, disse que a idéia é levantar propostas de como essas águas subterrâneas podem ser úteis para os quatro países. Segundo ele, o aqüífero poderia ser uma alternativa viável para reduzir os problemas com o período de estiagem, assim como, ser utilizada pela indústria, pois em muitos pontos as águas são termais, Mas antes que a exploração comece, Hirata destaca que é preciso vencer um grande desafio, que é conhecer mais sobre o Guarani.
