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População reclama de obra parada em Almirante Tamandaré

Os moradores e comerciantes da Avenida Wadislau Bugalski, em Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba, não aguentam mais o pó, os buracos e os frequentes acidentes na via.

Obras de revitalização da avenida, que a tornaria mais larga e segura, foram interrompidas após problemas com as duas empreiteiras que venceram a licitação, realizada em 2006. A população talvez ainda não fique satisfeita, mas a solução pode estar mais perto do que se esperava.

A prefeitura, que faz a obra em parceria com o governo do Estado, recebeu na noite da última terça-feira o aval para a publicação do novo edital para a contratação de outras empresas, para finalizar o serviço.

Isso deve acontecer até o final desta semana. Mesmo assim, ver a avenida pronta vai demorar. As obras devem ser retomadas em maio deste ano. Os trabalhos vão durar cerca de sete meses.

A avenida está com enormes desníveis onde a base do asfalto chegou a ser feita. No restante dela, parte está com areia e pedregulhos. Na outra está o asfalto antigo.

A Avenida Wadislau Bugalski registra um grande movimento de veículos pesados, além de automóveis, motos e bicicletas. Os pedregulhos e a areia se espalharam na parte asfaltada e oferecem risco de derrapagens.

Os moradores da região fizeram diversos protestos. O último ocorreu em julho do ano passado, quando queimaram pneus na avenida. Por decisão judicial, eles estão proibidos de fazer novos bloqueios.

“Tem bastante caminhão e está cheio de buracos”, afirma a comerciante Virgilina Mota Rodrigues de Araújo. “Eles só fizeram o alargamento e o manilhamento. Os acidentes acontecem porque os motoristas querem andar no asfalto e entram na contramão”, comenta o morador Carlos Roberto Pessin. “Não tem mais condição. A prefeitura e o governo precisam fazer alguma coisa”, conta a moradora Marina Maciel.

O procurador-geral do município de Almirante Tamandaré, Martinho Carlos de Souza, explica que as empresas escolhidas na primeira licitação tiveram seus contratos rescindidos por não cumprirem o acordo.

A administração municipal precisou tomar providências em 2007 para o encerramento dos contratos, o que aconteceu no ano passado. Souza ressalta que esse é um processo lento e a prefeitura necessitava levá-lo adiante para evitar brigas judiciais.

“Havia a previsão de um novo edital em dezembro de 2009. Mas não depende só da gente. É uma questão de Estado e também da União (como é um financiamento, a Secretaria do Tesouro Nacional precisa dar uma aval sobre a contração desta dívida)”, esclarece o procurador-geral.

O prazo da concorrência pública é de 45 dias, mais o período para recursos. A obra está dividida em dois lotes e o primeiro a ser licitado compreende a área entre o Jardim Buenos Aires e a ponte sobre o Rio Barigui, com extensão de 3.824 metros.

O restante será contemplado em um segundo edital, que deve ser lançado nos próximos dias, segundo Souza. A avenida possui 7,3 quilômetros de extensão. O financiamento chega aos R$ 7 milhões.

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