Foto: Lucimar do Carmo/O Estado

 Caminhão de coleta especial passa nos terminais uma vez ao mês.

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É grande o número de pessoas que, por desinformação ou mesmo comodismo, ainda não dá um destino adequado a seus resíduos domésticos considerados tóxicos. Dessa forma, na capital, todos os dias são encontrados medicamentos vencidos, pilhas, baterias de telefone celular, embalagens de tinta, frascos de aerosol, lâmpadas fluorescentes em meio ao lixo comum.

"Esses produtos não devem ser depositados junto com o lixo orgânico e nem com os produtos recicláveis recolhidos por carrinheiros e pelos caminhões do lixo que não é lixo. Todos possuem substâncias contaminantes", explica o gerente de coleta e destinação final do Departamento de Limpeza da Prefeitura de Curitiba, Luiz Celso Coelho da Silva.

Entre as substâncias estão metais pesados, como chumbo e cádmio, presentes nas pilhas, e mercúrio, produto encontrado nas baterias de celulares e lâmpadas fluorescentes, que se acumula no organismo humano e pode gerar uma série de malefícios. "Quando expostas, essas substâncias não são degradadas e acabam indo para o solo, contaminando os produtos agrícolas e o lençol freático."

Desde setembro de 1998, a administração municipal mantém um programa denominado Programa de Coleta de Resíduos Tóxicos. Através dele, é mantido um caminhão de coleta especial que, a cada dia do mês, das 7h às 15h, fica parado nas proximidades dos terminais de ônibus da cidade. O veículo possui uma série de tambores, nos quais os diversos tipos de resíduos perigosos são depositados sem serem misturados. No momento da entrega, os produtos já são embalados e classificados.

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Mensalmente, o caminhão coleta, em média, uma tonelada de resíduos. Porém, ele ainda é pouco utilizado pelas pessoas, que até mesmo desconhecem a existência do serviço. "Os produtos recolhidos são levados para uma central de tratamento e recebem um destino adequado. Alguns, como as pilhas, são encapsulados (com uma massa de concreto) e depositados no solo. Outros, como os medicamentos, passam por tratamento físico e químico. Já as lâmpadas fluorescentes e algumas baterias de celulares podem ter seus materiais recuperados e reutilizados."

O caminhão não aceita resíduos provenientes de indústrias. Essas, ao obterem licenciamento ambiental, se responsabilizam pelo próprio lixo, desenvolvendo um plano de gerenciamento e providenciando o tratamento e a disposição final. 

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