O grande fluxo de veranistas no litoral paranaense na virada do ano somado às chuvas que atingiram a região no último final de semana de 2006 resultou no aumento significativo do número de pontos impróprios para o banho de mar nas praias do Paraná. De sete na semana do Natal, os locais proibidos aumentaram para 18 após as análises da água coletada até segunda-feira.
Segundo o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Rasca Rodrigues, o resultado já era previsível. ?A chuva causa um impacto direto na qualidade da água do mar?, explica.
O motivo é simples: as fossas e os canais costumam transbordar com o volume da precipitação e os coliformes fecais, agentes que contaminam a água, se espalham mais facilmente. Daí a recomendação para que os banhistas respeitem um afastamento ainda maior dos pontos impróprios. ?Nesses dias, a distância dos pontos impróprios deve dobrar e também é indicado se banhar o mais longe possível dos canais e rios que recebem esgotos.?
Uma constatação de que a chuva afeta diretamente a questão da balneabilidade é o fato de a Ilha do Mel ter saído incólume na última análise. ?Praticamente não choveu na Ilha do Mel, de modo que nenhum dos pontos entrou como impróprio neste boletim?, explicou Rodrigues. Na última análise, a direita das pedras da Praia de Fora, no Farol, havia sido considerada imprópria e agora está liberada.
Em compensação, outras regiões antes liberadas estão vetadas até a próxima análise e cinco pontos continuam impróprios, após três análises seguidas (ver quadro).
Apesar das críticas dos comerciantes locais endereçadas ao IAP por conta do rigor na análise da qualidade da água, temerosos por afastar os turistas do litoral paranaense, Rodrigues garante que isso não vem ocorrendo. ?Pelo contrário, o próprio sindicato deles no litoral constatou um aumento de 30% do movimento?, acredita.