Foto: Chuniti Kawamura/O Estado |
Recuperação das estruturas dos pontos de ônibus custa a metade de um equipamento novo. |
O vandalismo não poupa sequer os pontos de ônibus instalados nos bairros de Curitiba. Atualmente, o pátio do setor de recuperação da Urbs (Urbanização de Curitiba), localizado na Cidade Industrial, está repleto de estruturas que foram danificadas e que necessitam de serviços de reparos.
Existem espalhados pela cidade cerca de 4 mil pontos de ônibus de modelo antigo, em formato de domo ou piramidal (também conhecido como chapéu chinês). Semelhantes, estão instaladas 383 paradas de táxi. Mensalmente, passam por processo de recuperação, em média, cinqüenta equipamentos. A maioria vítima da ação de vândalos.
Pátio está repleto de estruturas que necessitam de reparos. |
?Alguns pontos chegam danificados devido a ventos fortes, desgaste natural ou acidentes de trânsito, quando são atingidos por carros e caminhões cujos motoristas perderam a direção. Porém, muitos chegam pichados e incendiados, gerando uma série de prejuízos ao município?, comenta o chefe do setor de recuperação de equipamentos viários da Urbs, Valdir Graf.
Quando os pontos são pichados, eles passam por limpeza e são repintados. Quando são incendiados, apenas a base ou a estrutura de sustentação pode ser recuperada e reutilizada. A cobertura (composta de fibra de vidro e resina) acaba sendo vendida, por preço bastante baixo, como sucata. Alguns pontos, dias após terem sido restaurados, são danificados novamente e acabam voltando ao setor de recuperação. Casos desse tipo foram verificados recentemente nos bairros Bacacheri e Boa Vista.
Placas têm de ser repintadas. |
Segundo Valdir, um ponto novo em formato de domo custa cerca de R$ 3 mil. Já um em formato piramidal sai por R$ 1.200,00. A recuperação de ambos geralmente custa 50% desses valores. ?Os gastos são grandes e o dinheiro utilizado na revitalização deixa de ser aplicado em outras coisas importantes, como por exemplo benefícios a servidores municipais, saúde e educação?, afirma.
Na mesma situação dos pontos, costumam ser encontradas placas de trânsito (muitas vezes também vítimas de tiros e pedradas), placas de sinalização e lombadas eletrônicas. Estas últimas, quando incendiadas – como aconteceu com a que antigamente ficava localizada na Rua Eduardo Carlos Pereira (mais conhecida como via rápida do Portão) – na maioria das vezes sofrem perda total. A aquisição de uma nova custa ao patrimônio público aproximadamente R$ 500 mil.