Foto: Aliocha Maurício/O Estado |
Ponte já está recuperada. continua após a publicidade |
O mau tempo adiou, mais uma vez, a reabertura da ponte sobre a represa do Capivari, na BR-116, no município de Campina Grande do Sul. Prevista para ser inaugurada hoje, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a obra só poderá ser liberada para o uso com a pintura da sinalização na pista.
Segundo o engenheiro do Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transportes (DNIT), Ronaldo Jares, o atraso se deve exclusivamente à chuva. "Hoje (ontem) terminamos a capa asfáltica, só que a pintura só pode ser feita sem o piso molhado. Caso contrário, não adere", explicou o responsável pela obra. Somando-se a isso a impossibilidade do presidente participar da cerimônia, a opção foi protelar a reabertura. "Na quinta ou sexta-feira devemos abrir para o trânsito", concluiu.
Na realidade, o primeiro prazo dado para a entrega da obra foi agosto do ano passado, sete meses após a queda, em 25 de janeiro. Entretanto, sob a alegação da ação das intempéries, os trabalhos foram se estendendo. Quando completou um ano do acidente houve protesto no local, pela demora da liberação do trecho, que fica na principal rodovia que liga o Sul do Brasil a São Paulo, a Régis Bittencourt. Principal via de escoamento rodoviário de produção, não se calcula exatamente o prejuízo que o desvio forçado causou. Porém a interdição inspirou um protesto de afiliados da Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Paraná (Fetranspar) e da Federação Nacional dos Caminhoneiros Autônomos (Fenacam). No dia 25 de janeiro deste ano, houve canto de parabéns e distribuição de bolo de aniversário aos caminhoneiros.
Acidente
A necessidade da obra foi conseqüência de um grave acidente ocorrido no final de janeiro do ano passado. Uma forte chuva que caiu na região provocou um expressivo deslizamento de terra. O incidente resultou no deslocamento de dois conjuntos de pilares e 80 metros de laje. Como o trânsito no local era intenso, um caminhão terminou caindo na vala aberta, vitimando o motorista que o conduzia.
À época do acidente, o engenheiro Ronaldo Jares, que conduziu as obras e responde pela região, comentou que o risco já havia sido comunicado aos órgãos competentes e que os planos de obras no local já existiam, assim como em outros diversos trechos que continuam em risco. Porém a natureza acabou sendo mais rápida que a intervenção humana e o pior aconteceu.
A obrigatoriedade de uma intervenção maior, com a reconstrução de parte da ponte, fez com que o DNIT tivesse que desembolsar R$ 29 milhões para deixar o trecho transitável novamente. Se tudo der certo e nenhum adiamento mais acontecer, isso acontecerá no máximo no final de semana.