Se já estava ruim, agora piorou de vez. Moradores do bairro Fazendinha estão indignados com a interdição da ponte na Rua Aristides Borsato. A obra estava incompleta e parada há quase dois anos e a prefeitura decidiu interromper a passagem dos veículos, com a justificativa de garantir a segurança da comunidade.
O fechamento da ponte não agradou os moradores. “Não dá mais para passar por aqui. Agora a van escolar que pega as crianças tem que dar uma volta muito maior”, aponta o conferente Jefferson dos Santos. Ele reclama ainda que as máquinas da empresa que fez a ponte destruíram parte da rua, estreitando a via. “Tenho dificuldade para sair com o carro de casa”, conta.
“Carros grandes não conseguem passar por aqui. O caminhão de lixo nem entra na rua”, revela o porteiro João Osair Ferreira, morador da Rua Aristides Borsato há mais de 30 anos. “Pensamos que eles iam voltar a arrumar, mas largaram tudo pela metade”, diz. Segundo ele, os moradores cobraram várias vezes que a prefeitura resolvesse a situação, mas até agora nada foi feito.
Lixarada
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Jefferson: Tenho dificuldade para sair com o carro de casa. Van escolar tem que dar volta. Confira o problema dos moradores no vídeo. |
A interdição da ponte gerou um novo problema para os moradores, pois o local virou depósito de entulhos. “A prefeitura já veio e tirou tudo, mas eles voltam a jogar”, afirma Marcelo da Silva Carvalho, também morador do bairro. Eles reclamam ainda da falta de pavimentação do trecho da via que vai da ponte até o final. “Aqui quando chovia ficava um barro só, aí a associação conseguiu que colocassem as pedras, mas só em uma parte”, lamenta João. “É um descaso, uma falta de respeito com a gente, e depois eles vêm aqui pedir votos”, desabafa Aparecida Cabral Leite.
Caso pode parar na Justiça
A Secretaria Municipal de Obras informou que a construtora executou apenas a parte da galeria do projeto de ponte-galeria. A prefeitura enviou ofício à empresa, que alega que não é obrigada a terminar, pois teria feito outro serviço para a Cohab. Segundo a secretaria, a administração municipal está investigando se o serviço realmente foi feito e, se constatado que o argumento não é válido, o caso será resolvido judicialmente.
Confira o problema dos moradores no vídeo.