As pessoas que caminham pelas praças do do Centro de Curitiba precisam observar constantemente o chão para conseguir desviar dos pombos. O problema não é só da capital paranaense: a superpopulação de pombos já causou muitas doenças, foi tema de debate legislativo em vários países e teve soluções diversas.

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Um pombo, na cidade, vive no máximo três anos. O período de chocada dos ovos demora de 30 a 40 dias, em média dois ovos por vez. Em três meses, um filhote já está voando.

As fezes do pombo, se acumuladas em local úmido e com pouca variação de temperatura, desenvolvem fungos que podem causar histoplasmose e criptococose, doenças também causadas pelas fezes de morcegos, gambás ou gatos. As fezes frescas também podem causar a salmonelose e dependendo do organismo, a sujeira ocasionada pelos animais pode causar alergia.

“O certo é evitar alimentar os pombos. As pessoas também podem utilizar fio de nylon ou arame para evitar que os pombos se acumulem e façam ninhos perto das casas”, pontua Juliano Ribeiro, coordenador do Centro de Controle de Zoonoses e Vetores.

Soluções

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O coordenador é favorável a um projeto adotado na Suíça, onde foi construído um pombal em parques para retirar os animais do centro. Neste local quem gosta de alimentar os pombos poderá continuar a fazê-lo porque o recinto é constantemente limpo e os ovos são retirados para controlar a população das aves.

Já em Londres o poder público utiliza gaviões para caçar pombos. A idéia será utilizada em Londrina, onde o Secretário do Meio Ambiente José Novaes Faraco busca alternativas.

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“Fazemos uma estimativa de quantos pombos temos na cidade. Depois, pretendemos fazer o abate, com autorização do Ibama, e faremos uso de falcões treinados para manter o controle”, declara o secretário.

Em Paranaguá, o abate dos pombos também é uma alternativa permitida por lei. “Se não modificar o ambiente, outros pombos vão para o local. O abate não resolve o problema”, ressalta Juliano.

Em Curitiba, dois projetos de lei estão em trâmite na Câmara de Vereadores. Um, do professor Galdino (PV), prevê a proibição da alimentação de pombos na área urbana.

O outro, do vereador Zé Maria (PPS), sugere que os pombos sejam capturados semanalmente e levados a um viveiro onde receberiam alimentação com vermífogos e químicas para controlar a proliferação.