Poluição atinge rio na região de Colombo

A poluição do Rio Arruda, em Colombo, vem incomodando os moradores da região. Sem solução para o problema, há pelos menos dois anos, a população local não sabe mais a quem recorrer. Animais estão mortos e a água, que antes servia a toda a comunidade, está inutilizável. Além da sujeira visível, o cheiro está insuportável.

Como conta Antônio Moreira da Silva, o encarregado por uma das chácaras da região por onde passa o rio, a poluição estaria matando peixes e prejudicando inclusive o lazer e a saúde da população. ?O cheiro é horrível e, além da fauna e da flora, toda a comunidade local corre risco?, diz, mostrando os peixes mortos no tanque da sede.

No lote vizinho, Luci Camargo, mantém um pesque-e-pague. Ela afirma que já teve muito prejuízo por conta da poluição. ?A água suja corre pelo leito do rio por 24h. O cheiro afasta até clientes. Faz anos que tem esse problema grave de poluição. Desisti de brigar. Todos aqui enfrentam o mesmo problema?, revela.

No local já não há como esconder ou disfarçar a poluição. Além dos problemas nas propriedades, no leito do rio, desde a manilha que leva às prováveis ?fontes dos efluentes?, a espuma, o lodo e a cor da água denunciam.

No entanto, o impasse maior recai sobre a autoria do crime ambiental. A área é uma espécie de condomínio de barracões industriais, logo na cabeceira do rio. São 45 barracões, entre lavanderias, fábricas de baterias e outras empresas que trabalham com diferentes produtos químicos. De acordo com um funcionário que estava no local, mas não quis se identificar, ?aqui todos jogam um pouco de produto no rio?.

Uma provável fonte apontada como responsável seria a lavanderia Hotel-lav Serviços Ltda. Segundo o Instituto Ambiental do Paraná (IAP), em junho de 2006, foi verificado o lançamento inadequado de produtos e a empresa foi multada em R$ 10 mil, além de ter a atividade embargada. Ainda, segundo o órgão, a lavanderia entrou com um projeto de adequação que já deve estar em funcionamento. De acordo com Marcos Vinícius, gerente da Hotel-lav, a empresa atualmente mantém um tratamento de efluentes. ?As empresas que atuam aqui trabalham com solvente, bateria. São 45 barracões. Nós somos os maiores e que mais movimentam água, por isso é muito fácil eles dizerem que somos nós?, afirma o gerente.

Ainda, enquanto a equipe de O Estado estava no local, a Força Verde, da Polícia Militar, e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente, da Polícia Civil, chegaram e afirmaram que um inquérito será instaurado para verificar e tentar resolver a situação.

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