Trinta e dois policiais do 16º Batalhão de Polícia Militar, de Guarapuava, que atuaram no enfrentamento ao “cerco” na cidade, quando bandidos bloquearam os acessos ao município e atacaram o quartel da PM enquanto tentavam assaltar a empresa de transportes de valores Protege, estão sendo investigados em Inquérito Policial Militar (IPM) por comentários feitos em um grupo de WhatsApp após a confirmação da morte de um dos policiais que atuou na ocorrência.

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A informação foi divulgada pelo deputado estadual Soldado Fruet (Pros) e confirmada pela coluna, que teve acesso a documentos do processo.

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Logo após a notícia da morte do 3º sargento Ricieri Chagas, os policiais do batalhão reagiram com indignação no grupo de WhatsApp que mantêm para comunicação. Houve críticas ao chefe do Batalhão, ao Comando da Polícia Militar e à Secretaria de Estado da Segurança Pública, principalmente por conta da divulgação da informação de que havia um plano de contingência para enfrentar aquela situação, o que foi contestado pelos policiais.

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Para a Polícia Militar, os comentários, às vezes desrespeitosos à hierarquia da corporação, são passíveis de abertura de inquérito para posterior responsabilização dos envolvidos. “Ações, comportamentos, posturas e atitudes como as que ensejaram a instauração deste IPM, ao mundo civil podem parecer absurdas, no entanto, ao Militar Estadual estão devidamente previstas na legislação peculiar”, disse, em nota a PM.

Nas mensagens compiladas na denúncia que motivou a abertura de inquérito, os policiais de Guarapuava lamentam a morte do colega e criticam as ações determinadas pelo comando no enfrentamento ao assalto, bem como a estrutura da PM para combater esse tipo de crime. “Quem fala que existiu plano de contingência que carregue essa cruz e se explique para a família dele”, foi o primeiro comentário após a notícia da morte de Ricieri. “Podemos ser os próximos, porque o plano de contingência continua o mesmo”, emendou outro policial.

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“Eu não consigo entender como uma pessoa teve coragem de dizer que a gente estava com ‘medinho’ de caixeiro. Nós que fomos lá, estávamos lá! Vimos a desgraça acontecer na nossa cidade, depois de a gente avisar tantas vezes e pedir para não cumprir o cartão à noite para pelo menos salvaguardar a todos”, criticou um militar. “Vamos ver se vão continuar querendo fazer política em cima da situação ou se vão mostrar a realidade que se encontra nossa instituição. Não quero ter que chorar por ter nenhum amigo mais por causa do sistema, por causa de planos que nunca existiram, ou, se existiram não foram passados a quem realmente interessaria”, foi a resposta.

>>> Leia mais mensagens e a coluna completa na Gazeta do Povo


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