Policiais federais de todo País promoveram, ontem, uma paralisação de 24 horas em suas atividades. A intenção era sensibilizar o governo federal sobre perdas salariais sofridas pela categoria desde junho de 2006.
“Queremos uma reestruturação salarial para nossa categoria. Entre as carreiras típicas de estado – como técnicos da Receita Federal, policiais rodoviários federais, diplomatas, técnicos do Banco Central, entre outras – temos o décimo oitavo pior salário. O governo federal corrigiu distorções em outras categorias, mas vem tratando com descaso as perdas acumuladas pelos policiais federais”, disse o presidente do Sindicato Estadual dos Policiais Federais (Sinpef-PR), Silvio Renato Jardim.
Em todo Brasil, são cerca de 10 mil policiais federais. No Paraná, são aproximadamente oitocentos. Em função da paralisação, operações policiais foram suspensas.
Porém, de acordo com o sindicato, um efetivo mínimo de trabalhadores foi mantido em atividades consideradas essenciais, como custódia de presos, emissões e retiradas de passaportes emergenciais, plantões e fiscalizações em portos, aeroportos e áreas de fronteiras.
Segundo Silvio, o efetivo mínimo foi mantido em atividade para que a paralisação não gere transtornos maiores à população. Porém, ontem de manhã, na Ponte da Amizade, em Foz do Iguaçu, na fronteira com o Paraguai, o trânsito de veículos já se mostrava mais lento que o normal.
Se as negociações com o governo Federal não evoluírem nos próximos dias, o presidente do Sinpef-PR afirma que a categoria não descarta a possibilidade de deflagração de uma greve geral por tempo indeterminado.
“A insatisfação dos policiais federais é crescente. Se o governo não nos chamar para negociar, a greve geral pode acontecer em uma questão de poucos dias. Já apresentamos diversas propostas de reestruturação de carreira, mas nunca sentimos boa vontade do governo em negociar”. No Paraná, as unidades da PF estão instaladas em Curitiba, Cascavel, Guaíra, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Guarapuava e Paranaguá.
