Nesta quinta-feira (17/10), cerca de 200 garis da Cavo ? empresa responsável pela coleta e limpeza pública em Curitiba ? participam de uma palestra para aprender como se defender do ataque de cães. O sargento Romualdo Amorim, da policia militar, que há mais de 10 anos atua como adestrador de cães, vai orientar os trabalhadores sobre como evitar as agressões e o que fazer em caso de acidentes. A palestra do policial faz parte da programação da 7ª Semana de Prevenção de Acidentes de Trabalho promovida pela Cavo, entre 14 e 18 de outubro, aos dois mil funcionários da empresa na capital.
Segundo o sargento Amorim, não subestimar ou afrontar o animal são algumas medidas que podem evitar os ataques. Quando as agressões são inevitáveis, é aconselhável que o coletor não corra, procure abrigo num local como uma parede ou muro e proteja o rosto com as mãos. “Normalmente os ataques são menos intensos quando o coletor não está em movimento”, afirma.
Os cães que mais preocupam os trabalhadores são os vira-latas. De acordo com o sargento, eles ficam agressivos porque assumem o lixo como sua propriedade. “Os resíduos carregam o cheiro do cão e do próprio dono. Por isso eles atacam”, complementa.
Colaboração
A comunidade pode colaborar para evitar incidentes envolvendo cães e coletores. Nos dias de coleta, por exemplo, é imprescindível que os cães fiquem presos. As cestas para depósito dos resíduos também devem ser instaladas longe do abrigo dos cães. Outra medida é fazer a manutenção constante de cercas e portões para que os animais não escapem.
As punições, em casos comprovados de ataques causados por negligência do proprietário do animal, estão previstas em lei. Se houver ferimento, o dono pode ser indiciado, de acordo com Artigo 129 da legislação penal. Já pelo Artigo 1527, se não comprovar que o cão estava preso na hora do incidente, o proprietário deverá ressarcir o coletor.