Durante todo o mês de agosto, a Polícia Militar realiza atividades diferentes das exercidas no dia a dia policial. Como parte das comemorações dos 161 anos da corporação, militares de diversas unidades do Estado estão doando sangue e realizando cadastro para serem doadores de medula óssea.

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Nesta sexta-feira (21), foi a vez dos policiais do Choque, unidade do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE). Quatorze policiais foram até o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado do Paraná (Hemepar), por volta das 8h.

Quase todos são doadores há anos. O soldado Francisco, antes mesmo de se tornar policial, há três anos, já possuía a carteira de doador. “Estou contribuindo não apenas como militar, mas como cidadão. Salvar vidas que precisam de doação nos enriquece como profissionais”, contou.

O capitão Doreki foi além da doação de sangue. Ele se cadastrou como doador de medula óssea. Uma amostra do sangue foi colhida e ficará em um banco de dados. Quando houver alguém que precise de um transplante, vários exames de compatibilidade são realizados. Se o resultado for positivo, Doreki fará a doação.

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“Pode ser rápido ou demorar anos, ficarei feliz se puder ajudar”. A campanha de doação de sangue começou em 5 de agosto, com a doação do comandante-geral da PM, coronel Maurício Tortato, para incentivar os demais policiais e familiares a participar. Dessa forma, militares de várias unidades da PM no estado estão planejando a ida ao Hemepar.

Exclusivo

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Enquanto os policiais realizavam as doações, um sargento da Força Aérea Brasileira aguardava para fazer sua doação. Como todos os outros policiais, ele também é doador há anos. No entanto, ele tem uma particularidade.

É doador exclusivo de duas pessoas que tem Talassemia, uma falha genética que leva a má formação de hemoglobina, o que provoca anemia profunda. Não é contagiosa, porém, não tem cura.

Por este motivo, o sargento Marcos doa seu sangue (A-), considerado raro, para um menino de nove anos e uma menina, que quando começou as doações, era uma criança. Hoje é uma moça. Todo o mês ele é convocado para ir ao Hemepar. Os recebedores do sangue vêm de Santa Catarina.

“Sinto como se fossem  meus filhos, pois dependem de mim, da minha qualidade de vida para sobreviver. É uma responsabilidade enorme”, relatou Marcos, que antes de doar se prepara ingerindo bastante líquidos e se alimentando da melhor forma. Ele soube só nesta manhã que Talassemia não tem cura e ficou surpreso. ”Agora tenho certeza que cuidarei da vida deles pra sempre”.

Na Polícia Militar do Paraná há também um caso como este. A relações públicas, capitão Solange Nabozny Tedeschi é doadora há 20 anos. Seu sangue é destinado especificamente a três pessoas, pois seu tipo sanguíneo é raro (AB+).

Doação

Para ser um doador é preciso estar em boas condições de saúde, ter entre 16 e 67 anos, pesar no mínimo 50 quilos, estar descansado e alimentado no dia da coleta e apresentar documento oficial com foto.

Serão impedidos de fazer a doação pessoas resfriadas ou com gripe, durante a gravidez (90 dias após o parto normal e 180 dias após a cesariana) e lactantes, pessoas que ingeriram bebida alcoólica nas 12 horas antecedentes, tatuagens e piercing feitos nos últimos 12 meses, tratamento dentário (de um a sete dias) e situações nas quais houve maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, dentre outras a serem avaliadas. O endereço do Hemepar é Travessa João Prosdócimo, 145, no Alto da XV, em Curitiba.