| Arquivo / O Estado |
 |
| Na última sexta-feira, na |
Os policiais civis decidiram não entrar em greve por ora. Na última terça-feira, representantes do Sindicato das Classes Policiais Civis do Estado do Paraná (Sinclapol) se reuniram com o governador Roberto Requião para negociar o aumento reivindicado pela categoria. Requião disse que vai cuidar pessoalmente da questão, mas não adiantou nenhuma proposta e nenhum prazo. Mesmo assim, os sindicalistas resolveram dar um voto de confiança ao governo.
O encontro com o governador foi no final da tarde na Granja Ganguiri e durou cerca de uma hora e meia. Segundo o presidente do Sinclapol, Paulo Martins, o governador se mostrou sensibilizado pela situação dos policiais e se comprometeu a apresentar, em breve, uma proposta para a categoria. Por isso, a greve que seria deflagrada a zero hora de hoje foi suspensa. ?Não seria justo paralisarmos as atividades diante da disposição do governo?, diz Paulo.
O sindicalista comenta que eles gostariam que o salário dos policiais civis fosse equiparado ao dos agentes penitenciários. Hoje os agentes em início de carreira ganham R$ 2.200,00 enquanto os policiais recebem R$ 1.200,00. ?No entanto, nós também cuidamos de presos, além de realizar uma série de outras atividades?, compara. De acordo com Paulo, a proposta já havia sido acenada pelo secretário estadual de Segurança Pública, Luiz Fernando Ferreira Delazari, mas não foi levada adiante. ?Não sabemos se o governador vai apresentar esta proposta ou uma dele mesmo?, afirma.
Em todo o Estado trabalham cerca de quatro mil policiais civis. Na última sexta-feira, eles se reuniram na Assembléia Legislativa e deflagraram a operação-padrão para protestar contra a falta de diálogo com o governo do Estado. Em vez de paralisar as atividades atendendo apenas as ocorrências mais graves, resolveram acelerar os trabalhos. ?Não queremos prejudicar a população e, trabalhando com força máxima, queremos chamar a atenção para o diálogo?, disse Martins.
A operação-padrão deveria terminar ontem, mas os policiais resolveram manter o protesto. Uma das atividades realizadas até agora foi a fiscalização de estabelecimentos comerciais. Os proprietários que estavam comercializando bebida alcoólica para adolescentes foram encaminhados a delegacias.
Além do reajuste salarial, os policiais civis pedem revisão do plano de carreira. Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Administração o projeto de reajuste dos salários continua em fase final de avaliação. A alegação do governo é que o aumento não pode ultrapassar os limites impostos pela lei de responsabilidade fiscal.