Marcação cerrada. Essa é a intenção dos policias civis e militares que, neste sábado (4), voltaram após duas semanas de intervalo à Boca Maldita para realizar o que definiram como um ato cívico de vigília. Na prática, as duas categorias querem demonstrar ao governo estadual e à Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) que seguem “guarnecendo” o tão esperado cumprimento da Emenda 29/2010 da Constituição Estadual que regulamenta a Emenda 19/1998 da Constituição Federal, que determina o pagamento dos policiais por subsídio.
“Na sexta-feira tivemos uma nova reunião com o secretário de segurança (Reinaldo de Almeida César) e ele foi taxativo ao afirmar que é contra a Emenda 29”, lamentou o integrante da Associação de Classe dos Policias (Ascepol) e o cabo da Polícia Militar (PM), Carlos Lima. O policial integra a comissão formada entre policias e representantes do governo estadual para estudar a implementação do pagamento com subsídio como caminho para a recomposição salarial e o escalonamento vertical a fim de reduzir o “abismo salarial” entre a base e os cargos de comando.
“A impressão que temos é que estamos negociando sozinhos. Acreditamos que com essas ações iremos conseguir que o governo dê uma resposta sobre a aplicação da lei federal que, até o momento, ele não tomou qualquer medida objetiva para cumpri-la”, criticou Lima.
Segundo o policial civil Roberto Ramires, o litoral do Estado também servirá de endereço para a mobilização dos policiais. Nesta noite, às 20h30, na Avenida Atlântica de Guaratuba eles vão distribuir panfletos e conversar com a população. No domingo (5), os policiais vão estar concentrados pela manhã em Matinhos, e à tarde em Praia de Leste.
