A Polícia Civil de Laranjeiras do Sul, Sudoeste do Paraná, apreendeu na quarta-feira doze caminhões carregados com madeira retirada ilegalmente de uma área de reflorestamento pertencente ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no município de Rio Bonito do Iguaçu. A polícia paranaense, em parceria com o Ministério Público Estadual e Polícia Federal, investigava o roubo de madeiras que seria praticado por um grupo de sem terra há dois meses.
Os policiais abordaram os doze caminhões carregados com araucária e pinus. Os caminhoneiros tentaram fugir, houve troca de tiros, nove foram presos e outros três estão sendo procurados. De acordo com o delegado titular de Laranjeiras, Lusson? Nar Lino Lopes, um grupo dissidente do MST, com cerca de oitenta pessoas, retirava a madeira de uma área de reflorestamento da empresa Araupel e que fora comprada pelo Incra para desapropriação.
Segundo o delegado, o mesmo grupo é suspeito de praticar outros crimes.
Foram presos os caminhoneiros Gilmar Bueno, 29 anos, José Luiz Telles Zanella, 39, Celso Romanzini, 41, José Amilton Nascimento, 43, Sadi Luiz Kuntzler, 51, Arnaldo Rochetschel, 44, Julinho Rosanski Zatt, 42, Veraldo Zago, 50, e Waldemar Miranda da Silva, 50, que dirigiam os caminhões com madeira ilegal. Eles vão responder por receptação de madeira e porte ilegal de arma. Conforme apurado pelo delegado, eles seriam funcionários de madeireiras instaladas nas cidades de Cascavel, Chopinzinho e Francisco Beltrão.
A terra invadida por este grupo de sem terra pertencia à empresa Araupel e, hoje, é de propriedade do Incra. Os planos do governo federal são o de desapropriar a área para dividi-la em lotes e transformar os locais legalizados em assentamento. Para isto, pedirá à Justiça Federal a reintegração de posse da área e a Polícia Federal fará a desocupação.