Polícia Militar desocupa fazenda em Antonina

A segunda reintegração de posse de 2006 foi cumprida no Paraná. Uma área de 500 hectares, na Fazenda Marco Santo, em Antonina, começou a ser desocupada na última quarta-feira, mas somente na tarde de ontem é que a ação foi finalizada. Duzentas e vinte e cinco pessoas – cerca de 25 famílias – foram retiradas por 180 policiais militares.

Segundo o comandante da operação, major Geraldo Moliani, do 9.º Batalhão da PM de Paranaguá, a área era ocupada por posseiros há muitos anos e, desde maio de 2004, por integrantes do Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). "Um dias antes (do começo da desocupação) nos deslocamos para começar a negociar com os ocupantes. Ontem, a partir da 6h, nós começamos a retirada. Terminou ontem porque havia quatro casas sedimentadas que precisavam ser removidas", explica o major.

Ainda de acordo com o policial, dois facões foram recolhidos, mas devolvidos assim que a ação terminou. "Eu pessoalmente acompanhei a operação e não teve uma caso sequer de abuso. Eles saíram pacificamente", afirma Moliani.

Outra versão

De acordo com o MST, a área é de conflito antigo, acirrado em 2003 pelos nativos posseiros da região. Somente em 2005 foi que os sem terra se juntaram àqueles moradores. Os integrantes do movimento que deixaram a área deslocaram-se a outro acampamento, em uma fazenda próxima à desocupada. Apesar de afirmarem que não houve resistência à retirada, alegam que houve abuso, ao contrário do que afirma a PM. "Fora o abuso de autoridade de costume da polícia – com ameaça e intimidação – não houve resistência", alega o militante Camilo da Silva. 

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