A morte de Marcos Segundo Frison, 41 anos, continua sendo investigada pela Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran). O empresário estava com uma moça na Rua Nicola Pelanda, no Pinheirinho, quando os dois foram atropelados por dois carros que supostamente participavam de um racha. O homem morreu na hora e a mulher, identificada como Solange, foi encaminhada ao Hospital do Trabalhador.
A dupla estava próxima a uma casa noturna quando o acidente aconteceu. Segundo informações do local, os motoristas de um Peugeot e um Honda Civic passaram em alta velocidade, atingiram os dois e não pararam para prestar socorro.
Na manhã desta segunda-feira (19), investigadores da Dedetran foram enviados ao local do acidente, para tentar conseguir imagens de câmeras de segurança de comércios e residências da região. A intenção é descobrir o que realmente aconteceu. Para o delegado Vinicius Augustus de Carvalho, ainda é cedo para falar que foi um racha.
“A única coisa que podemos dizer neste momento, é que os dois carros não pararam para prestar socorro. A informação do racha surgiu no local, mas só teremos certeza se conseguirmos algo que comprove de fato que os dois carros estavam disputando corrida, como imagens ou testemunhas”, disse.
Apesar disso, o delegado disse que as possibilidades são grandes. “Tudo leva a crer, mas temos que avaliar todas as hipóteses possíveis e, antes de tudo, identificar os veículos que atropelaram o casal”, explicou.
Aos policiais, a mulher, que continua internada no Hospital do Trabalhador, não soube dizer o que aconteceu. “Ela está bem, mas estava confusa e não conseguiu precisar as informações. Talvez pelos medicamentos”, disse o delegado.
Com isso, os policiais terão trabalho dobrado para encontrar as informações concretas. “Com certeza teremos imagens de algum comércio próximo e isso vai facilitar, mas seria importantíssimo se a população denunciasse”. O telefone da Delegacia de Delitos de Trânsito é o 3261-6630.
10 anos de prisão
Foi sancionada na semana passada uma Lei Federal, que torna mais rigorosa a pena para motoristas flagrados participando de racha ou realizando ultrapassagens perigosas. A principal mudança foi para os casos de acidentes com morte.
A pena varia de cinco a 10 anos de prisão, além da infração, que também teve reajuste e passou de R$ 576,00 para R$ 1.915,00. A prisão acontece até nos casos quando as corridas de rua não acabam com feridos. “A simples prática do racha, sem vítimas, passou a ter pena de três anos de detenção”, explica o diretor-geral do Detran, Marcos Traad.
Nas situações em que um veículo força outro a uma ultrapassagem perigosa, a multa passa de R$ 191,00 para R$ 1.915,40. Em caso de reincidência, o valor pode dobrar e o condutor-infrator pode ter suspenso o direito de dirigir.
Além dos casos que fique comprovado o racha, ultrapassagens perigosas também foram revistas pela nova lei. “Ultrapassagens na contramão em curvas, faixas contínuas, faixas de pedestre, acostamentos, pontes, túneis e interseções terão multa com valor aumentado em cinco vezes, chegando a R$ 1.000,00”.
No Paraná, em 2013, foram emitidos 136 autos de infração por estes motivos. Os números são do Departamento de Trânsito do Estado (Detran) e incluem motoristas enquadrados nos artigos do Código de Trânsito Brasileiro que tratam de racha e manobras perigosas em vias públicas e, também, de ultrapassagens perigosas.