Material de pesca apreendido pela Polícia
Florestal desde o início do ano no PR.

O Batalhão de Polícia Florestal reforçou desde ontem a fiscalização contra a pesca nos rios do Estado, principalmente nas bacias do Paraná, Iguaçu e Tibagi. Serão utilizados todos os mil policiais florestais nesta tarefa.

O objetivo é garantir a reprodução das espécies no período do defeso, definido pelo Ibama em toda a bacia hidrográfica do País. É nesta época do ano que os peixes sobem até às cabeceiras dos rios para se reproduzirem, no fenômeno chamado de “piracema”. A multa para a pesca neste período varia de R$ 700 a R$ 100 mil, dependendo da forma de pesca praticada e a quantidade pescada.

Doação

Como forma de alertar a população sobre o controle da pesca a partir desta data, o Batalhão de Polícia Florestal entregou ontem o material apreendido durante o primeiro semestre em todo o Estado para a Campanha Lixo que não é lixo, da Prefeitura de Curitiba. Também repassou ao Exército todo o armamento apreendido em atividades de caça.

De janeiro a setembro deste ano, o Batalhão de Polícia Florestal atendeu 4.377 ocorrências contra o meio ambiente em todo o Estado. Deste total, as atividades contra a flora (vegetais) dominaram a incidência de crimes ambientais com 1.294 ocorrências. As ocorrências de pesca ilegal somam 651 casos e as de caça ilegal, 895 casos.

Estes patrulhamentos resultaram na apreensão de 9.489 metros de rede de pesca, 94 tarrafas, 348 metros de espinhéis, 67 armas de fogo, 882 kg de pescados, 853 aves, 43 animais diversos, 9.917 unidades de palmito in natura e 3.974 unidades de palmitos em conserva.

O tenente-coronel Ivan Vidal Graczyk, comandante do Batalhão de Polícia Florestal, diz considerar fundamental que qualquer tipo de crime ambiental seja denunciado a qualquer órgão de fiscalização, seja o Instituto Ambiental do Paraná, o Ibama, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente ou a Polícia Florestal.

“As agressões ao ambiente causam danos que levam anos para ser recuperados. Um crime ambiental feito hoje vai ser sentido durante muitos anos, seja pela extinção de uma espécie vegetal ou animal. Temos que coibir o tráfico de animais selvagens, que segundo estatísticas é a terceira fonte de renda das ações criminosas, perdendo apenas para o tráfico de drogas e de armas”, explicou Vidal Graczyk.

continua após a publicidade

continua após a publicidade