Polícia Federal troca de comando no Paraná

Manutenção do trabalho em parceria com outros órgãos de segurança e prioridade na transferência para a nova sede. Essas foram algumas colocações feitas pelo novo superintendente regional da Polícia Federal (PF) no Paraná, Delci Carlos Teixeira, que assumiu oficialmente a função ontem, durante solenidade em Curitiba, que foi acompanhada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, e pelo diretor-geral da PF, Paulo Lacerda.

O novo superintendente assume o cargo no lugar de Jaber Makul Hanna Saadi, que ficou à frente da unidade no Paraná por 4,5 anos e hoje responde pela superintendência da PF em São Paulo. Teixeira, que já comandou unidades no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro, aposta em um novo desafio no Estado, com trabalho conjunto com diversos órgãos de segurança. ?Pretendemos fazer o trabalho com maior esforço possível. E para isso vamos buscar e manter as parcerias, pois não há mais lugar para ações isoladas?, comentou.

Um dos trabalhos onde essas parcerias serão reforçadas é o de combate ao tráfico de drogas, pois o Paraná é uma das principais rotas desse tipo de crime no Brasil. ?Sempre trabalhei em regiões de fronteira, onde o tráfico estava presente. Em Foz temos conhecimentos dessas rotas, mas também equipamentos e parcerias com a Polícia Rodoviária Federal para o combate?, disse.

Sobre a nova sede da PF, inaugurada em maio deste ano no bairro Santa Cândida, em Curitiba, o novo superintendente disse que a sua ocupação é ?prioridade absoluta?. O prédio de 18 mil metros quadrados – instalado em uma área de 32 mil metros quadrados – levou mais de três anos para ficar pronto e recebeu investimentos de cerca de R$ 25 milhões do governo federal. Mas até agora, a nova sede está vazia e todos os serviços da PF em Curitiba continuam distribuídos em seis prédios distintos. O argumento para a demora na transferência tem sido a falta de mobiliário.

Ministro lança o Pronasci

Foto: Lucimar do Carmo

Tarso: ?Nosso dever?.

O ministro da Justiça, Tarso Genro, lançou ontem, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Composto por 72 ações, o programa visa a promover a integração de ações de segurança pública e políticas sociais para o enfrentamento da criminalidade. Inicialmente, o Pronasci será implantado em onze regiões metropolitanas do País com grandes índices de criminalidade. Curitiba, segundo levantamento do ministério, registrou em 2005 uma taxa de 38,1% no número de homicídios, entre uma população de 100 mil habitantes.

Só para este ano o programa conta com R$ 483 milhões, devendo chegar a R$ 6,7 bilhões até 2012. Segundo o ministro Tarso Genro, o objetivo do programa é enfrentar as causas sociais e culturais do crime. ?É nosso dever ajudar os estados e oferecer propostas para reduzir a criminalidade?, disse.

O ministro ainda afirmou que vai atender o pedido de construção de seis penitenciárias no Paraná feito pelo governo do Estado. Segundo o ministro, a proposta para uma penitenciária para jovens com idades entre 18 e 24 anos está incluída no Pronasci. ?É necessário separar os presos por idade. A partir de setembro já começaremos a concretizar essas idéias?, disse Genro.

Além da penitenciária para os jovens, o governo solicitou duas unidades femininas para o interior do Estado.

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