Os manifestantes do protesto da noite de segunda-feira (17), que se concentraram a partir das 18h na Boca Maldita, caminharam tranquilamente pelas ruas do centro de Curitiba. Por volta das 21h, os mais de 10 mil manifestantes chegaram à Praça Santos Andrade.
Com medo de tumultos e saques, alguns comerciante baixaram as portas das lojas, principalmente na Rua XV. Policiais à paisana se infiltraram entre os manifestantes e viaturas acompanharam a marcha à distância, assim como da Guarda Municipal.
Muitos manifestantes se dispersaram na Praça Santos Andrade. Um grupo menor seguiu pela Avenida Cândido de Abreu, com destino à Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico. O protesto, até então pacífico, ficou tenso perto das 22h. Um grupo com cerca de 100 pessoas quebrou um portão de acesso à garagem do Palácio Iguaçu e também invadiu uma antessala usada para atendimento ao público. Três computadores e um extintor de incêndio foram destruídos. Paredes externas do palácio também foram pichadas.
Cerca de 200 homens da Tropa de Choque da Polícia Militar que estavam nos fundos do palácio formaram um cordão de isolamento em frente ao prédio e impediram uma nova aproximação dos manifestantes. A polícia também usou bombas de gás lacrimogênio e deu tiros para o alto para dispersar a aglomeração de pessoas.
Por meio da rede social de microblogs Twitter, o governador Beto Richa afirmou que a manifestação popular é legítima e democrática. “Alguns baderneiros derrubaram o portão e picharam as paredes. Ato isolado. Não considero estudante quem depreda o patrimônio público, incita a violência, desrespeita cidadãos de bem”, escreveu o governador.
De acordo com a Polícia Militar, uma pessoa teria ficado ferida e seis foram presos na depredação do Palácio Iguaçu. O ato de violência do grupo foi veementemente condenado pelos participantes da manifestação.
Outro protesto está previsto para quinta-feira. Na sexta-feira, às 18h está programada a 2ª Farofada do Transporte, na Praça Rui Barbosa. “Faremos intervenções na cidade até a tarifa baixar para o valor anterior ao aumento! Se a tarifa não baixar, Curitiba vai parar”, é o mote do movimento, conforme texto na rede social Facebook.
Confira na galeria de fotos as imagens do protesto.