Polêmica de animais em condomínio

A presença de animais em condomínios costuma gerar polêmica. No Paraná, segundo o Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi-PR), a questão é a que resulta no maior número de conflitos entre síndicos e moradores. Muitas vezes, o regimento interno do complexo residencial é desrespeitado e o problema acaba dando origem a uma série de transtornos.

O vice-presidente da área de condomínios do Secovi-PR, Dirceu Jarenko, destaca que cada condomínio tem seu próprio regimento. As determinações variam de um lugar para outro.

“Porém, é importante que esse regimento seja conhecido e respeitado por todos. Geralmente, ele define se pode ou não haver animais no condomínio, o porte dos mesmos e de que maneira eles podem estar presentes em áreas comuns, como elevadores, playgrounds e churrasqueiras”, explica.

Segundo ele, o Secovi-PR não é contra a presença de bichos em condomínios e acredita que a convivência com os mesmos seja saudável aos seres humanos. Mas, para que os conflitos sejam resolvidos, sugere diálogo.

“Quando um animal está incomodando muito ou gerando riscos à saúde dos condôminos, o proprietário pode ser até multado. Porém, a multa deve ser a última alternativa. Síndico, integrantes do conselho consultivo do condomínio e moradores devem conversar para que seja encontrada uma solução.”

Antes de determinar a saída de um animal, o síndico e os membros do conselho devem ter certeza de que o bicho está realmente incomodando a todos e se as reclamações realizadas em relação a ele não passam de implicância gerada por um único condômino.

Antes de se mudarem para condomínios, também é importante que os futuros moradores procurem conhecer as regras do lugar em relação à presença dos animais.

Se houver dúvidas ou problemas que parecem sem solução, tanto síndicos quanto moradores podem pedir auxílio ao Secovi-PR, que possui um departamento jurídico que presta orientações de forma gratuita. O telefone é (41) 3259-6000.

Indiferença

A farmacêutica bioquímica Carla Bernardinis, que mora na Avenida Silva Jardim, vem sentindo na pele o problema. Há seis anos, ela e suas duas filhas, Giulliana e Grazielle, mantêm dois gatos no apartamento.

Porém, recentemente, a síndica do condomínio determinou que a presença de animais não seria mais permitida. Carla conta que, desde então, não tem conseguido dormir à noite e que sua filha mais nova, Giulliana, não pára de chorar.

“Quando questionei a síndica sobre o que deveria fazer com meus gatos, ela sugeriu que eu os jogasse na rua, demonstrando total indiferença”, reclama a farmacêutica. “Já estou pensando em sair do apartamento e ir morar numa casa em função do problema. Os gatos são castrados, vacinados, nunca saem de dentro de casa e dormem grande parte do dia. Não estão incomodando ninguém e, por isso, não entendo porque não posso tê-los.”

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