Antes depositados no Aterro da Cachimba, eles serão usados por uma indústria de cimento. |
Depois de quatro meses de discussões, finalmente chegou-se a um consenso sobre o destino dos pneus de caminhão e ônibus inservíveis – que não podem mais ser recapados – de Curitiba. Eles estão sendo levados para São Paulo, onde são picotados e queimados como combustível numa fábrica de cimento. A responsável em levar os pneus até o vizinho Estado é a Associação Nacional da Indústria Pneumática (Anip).
As recapadoras paranaenses, porém, se comprometeram a juntar todos os pneus e levá-los a um “ecoponto”, que temporariamente funciona no município de Araucária. Ontem, uma carreta já estava sendo carregada. Ela deveria seguir até São Paulo durante a noite ou na manhã de hoje.
O diretor do Sindicato das Indústrias Operadoras de Artefatos de Borracha do Estado do Paraná (Sindibor-PR) e da Associação das Recapadoras do Paraná (Arparana), João Arthur Mohr, explicou que uma carreta de pneus deve sair diariamente de Curitiba para São Paulo. A expectativa é levar 8 mil pneus inservíveis por mês. “Até janeiro, eles eram depositados no Aterro da Cachimba, mas por determinação do Ibama, tivemos que procurar outra solução”, contou, destacando que espera da Prefeitura de Curitiba um local para ser transformado no ecoponto definitivo.
Mohr salientou que, com a iniciativa, as empresas que trabalham com borracha na região de Curitiba estão evitando que os pneus se tornem locais de criação do mosquito transmissor da dengue. “O custo para as recapadoras está sendo de R$ 30 mil mensais, enquanto a Anip está gastando R$ 40 mil por mês”, destacou Mohr, explicando que em média cada pneu é recapado duas vezes.