Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) se reuniram na manhã desta segunda-feira (27) no quartel do Comando Geral da Polícia Militar, no Rebouças, e definiram como “abuso” o bloqueio feito na Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP). A reunião foi marcada para mostrar detalhes da ação policial planejada para cumprir a ordem judicial para garantir a votação a qual os professores são contra.

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A intenção do Comando da PM, através da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR), é evitar qualquer tipo de contratempo com os manifestantes. Entre as principais preocupações está a invasão ao prédio, que já foi cercado por grades de proteção na noite deste domingo (26).

Em entrevista coletiva, o coronel Chehade Elias Geha, comandante do primeiro comando regional da PM não confirma quantos policiais foram chamados para fazer a escolta na ALEP, mas há quem diga que o número passa dos mil. Os policiais continuarão a postos até quando for necessário. A PM não explicou onde os policiais que vieram de outras cidades vão ficar hospedados e como devem se alimentar, mas de acordo com a PM, os policiais devem receber um valor diário, para alimentação e hospedagem. 

De acordo com o secretário de assuntos jurídicos da APP, Mário Sergio de Souza, a atitude de cercar a ALEP os mostra que o governo do Paraná está preocupado com o dano que vai causar aos professores. “Nem na ditadura tivemos tamanha falta de respeito assim. Se a proposta em votação fosse realmente boa para a classe dos professores estaduais, o governador não faria esse cerco policial e colocaria o assunto em discussão com os próprios professores”, disse.

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O cerco à ALEP e o policiamento no Centro Cívico, segundo a PM, é para garantir que a votação aconteça e também que os manifestantes tenham segurança. Na reunião ficou acertado que os policiais farão controle de trânsito, para evitar passagem de qualquer veículo que possa resultar em acidentes, e também o bloqueio da passagem de veículos nos momentos em que os manifestantes estiverem nas vias. Além disso, será impedido qualquer manifestante de entrar na ALEP.


Manifestação

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Os professores da rede estadual de ensino do Paraná retomaram nesta segunda, por tempo indeterminado, a greve geral da categoria. O principal motivo para a paralisação é a votação do projeto de lei que promove mudanças no Regime Próprio de Previdência Social do Estado, a ParanáPrevidência. A proposta deve ser apreciada pelos deputados estaduais a partir de hoje.

A última greve durou 29 dias. A decisão de retomar a paralisação foi tomada na manhã de sábado (25), em assembleia realizada em Londrina, com mais de 3 mil professores, conforme informou a APP.  A categoria reivindica reajuste salarial de 13,01%. A expectativa é que 50 mil servidores venham do interior para Curitiba durante a semana.