A Patrulha Escolar Comunitária, projeto do governo do Estado posto em prática pela Polícia Militar, passará a contar com a Guarda Municipal de Curitiba. ?É um acordo de cooperação mútua entre as polícias, para atendermos todas as escolas. Além disso, já temos a implantação consolidada do Projeto Povo nos 75 bairros da capital, concluindo o projeto de implantação da polícia comunitária na cidade?, disse o governador Roberto Requião, durante a reunião de ontem da Operação Mãos Limpas. Para firmar a parceria, Requião e o prefeito Beto Richa assinaram o convênio entre a Secretaria da Segurança, a Casa Militar e a Prefeitura de Curitiba.
Polícia Militar e Guarda Municipal reforçarão a segurança tanto nas escolas estaduais quanto nas municipais. No sistema atual, a Guarda Municipal cuida das escolas municipais e a Patrulha Escolar, das estaduais. ?Percebemos que muitas vezes as duas polícias estão no mesmo bairro, praticamente vizinhas, só que patrulhando escolas diferentes. Neste novo sistema, como elas trabalharão unificadas, poderemos redistribuí-las para que mais escolas sejam atendidas?, disse o secretário da Segurança Pública, Luiz Fernando Delazari.
Jogatina
Requião e Delazari esclareceram aos prefeitos o trabalho de limpeza nas polícias. ?Este trabalho de prender policiais não agrada ao governo, mas é necessário?, enfatizou o governador. Requião também afirmou que o combate ao jogo ilegal vai continuar no Paraná. Delazari explicou que investigava o caso do envolvimento de policiais com os caça-níqueis em Foz do Iguaçu desde outubro de 2004, após receber reclamações sobre a jogatina na cidade. ?Percebemos o envolvimento de 40 policiais, em um esquema de cooperativa. Os policiais estabeleciam em quais locais as máquinas caça-níqueis poderiam funcionar, de acordo com o ?mensalinho? que recebiam dos comerciantes?, explicou. Segundo ele, os policiais deixavam de investigar os inquéritos ou direcionavam a investigação de forma que não atingisse as pessoas que pagavam o ?mensalinho?.