Logo na entrada a pintura na fachada avisa que a mesa funciona todos os dias, inclusive nos feriados, e que o clube ainda oferece um agrado aos jogadores: lanche e jantar, servido às 19h. O grupo se reúne desde 1987, composto pela maioria de aposentados que não abrem mão da caxeta ou da tranca, e foi fundado para regularizar as grandes reuniões de moradores da vila que se juntavam para o futebol e para o carteado.
Sem apostas em dinheiro, o objetivo é apenas confraternizar. “É um passatempo, não tem decisão de nada aqui. É só pra não ficar triste em casa”, diz Pacheco, como é conhecido. Também não é cobrada nenhuma mensalidade. Homens e mulheres, independente da idade, podem jogar.
Não são muitos jogadores que frequentam o clube, mas Pacheco conta que sempre faz encomendas grandes. Isso porque muitos conjuntos de cartas são doados aos integrantes que também gostam de treinar em casa. Afinal, como ele diz, o ganho que tem não é financeiro, mas para sua saúde. “Esse é meu esporte, exercito as mãos e a mente. É bom para todas as pessoas, principalmente as de idade”, recomenda.