Grana extra

Planejamento e cautela são dicas para o uso do 13º salário

O pagamento do 13.º salário irá injetar cerca de R$ 7,8 bilhões na economia paranaense nos próximos meses, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Mais de cinco milhões de trabalhadores do Estado receberão em média R$ 1,5 mil, e precisam planejar bem como será gasta esta renda extra.

A orientação dos especialistas é cautela e planejamento. Segundo eles, a prioridade deve ser acabar com as dívidas para então criar novos compromissos. “Antes de tudo, observamos que muitas pessoas não fazem o orçamento familiar e não têm controle.

Então é preciso ter este orçamento, com as despesas e ganhos mensais, e acompanhar mês a mês. Com o 13.º salário é importante resolver a situação financeira e depois contrair novas dívidas, sempre olhando para o orçamento”, orienta o economista do Dieese, Sandro Silva, que também considera esta estratégia favorável para o mercado, já que com as dívidas quitadas o consumidor retoma o crédito e pode fazer novas compras.

O trabalhador ainda não pode esquecer as despesas de final e começo do ano, como festas de Natal e Ano Novo, viagens, férias escolares e contas como IPTU, por exemplo, que exigem desembolso maior. “Tem que visar as despesas extras, para não passar apuro com imprevistos.

É importante ter folga no orçamento para absorver estes custos excepcionais durante o ano. Sabemos que é difícil, os salários são baixos, mas o ideal também é conseguir guardar para investimentos futuros”, destaca.

A primeira parcela do 13.º salário deve ser paga até 30 de novembro e o prazo máximo da segunda parcela é até 20 de dezembro, de acordo com a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT).

Renda extra

O 13.º no Paraná representa 5,5% dos R$ 143 bilhões pagos a 82,3 milhões de brasileiros e corresponde a 2,9% do PIB do Estado.

Entre os beneficiários paranaenses estão os empregados do mercado formal, celetistas e estatutários (62,9% dos trabalhadores), pensionistas e aposentados do INSS (35,1%) e também os empregados domésticos com carteira assinada (1,9%).

O salário médio do 13.º no Estado (R$ 1.510,71) ocupa a oitava posição no País. Distrito Federal (R$ 3.173,90) e São Paulo (R$ 1.898,28) irão pagar os valores mais altos. No Brasil, o montante pago em neste ano será 9,8% maior do que no ano passado, quando o valor registrado foi de R$ 131 bilhões a 80 milhões de trabalhadores.

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