O número de pizzarias e estabelecimentos similares que oferecem o serviço de entrega de pizzas em Curitiba e Região Metropolitana vem crescendo de forma gradativa. Segundo o Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares de Curitiba (Sindotel), somente de agosto de 2008 para agosto de 2009, o setor cresceu cerca de 11%. O ramo, que já teve o seu “boom” há cerca de dez anos, vem novamente sendo uma das mais procuradas opções para quem quer pôr em prática o empreendedorismo.
Com o aumento da oferta, a Vigilância Sanitária de Curitiba alerta para que o consumidor fique atento a irregularidades e a uma consequente queda de qualidade dos produtos.
De acordo com a Vigilância Sanitária, o órgão possui 253 pizzarias cadastradas na capital. Já conforme um levantamento de agosto do ano passado do Sindotel, seriam 326 pizzarias em Curitiba e outras 45 na Região Metropolitana. O sindicato considera que o número pode ser bem maior, porque alguns estabelecimentos que servem pizzas estão registrados como estabelecimentos de alimentação e similares.
Outra característica do setor é a alta rotatividade dos estabelecimentos que se aventuram no ramo. “Esse é um ramo que exige um capital pequeno e muitos não têm conhecimentos da área e abrem sem análise do mercado e sem considerar normas trabalhistas”, afirma o presidente do Sindotel, Marco Antônio Fatuche.
Segundo a chefe do setor de Alimentos da Vigilância Sanitária da Prefeitura de Curitiba, Ana Valéria Carli, o universo de pizzarias que funcionam na capital pode ser bem maior, por conta da grande rotatividade de estabelecimentos que se aventuram no ramo. “A informalidade às vezes acontece. Como o abre e fecha muito grande, é impossível mensurar o número total de pizzarias atuantes”, diz.
O aumento da procura por cursos de capacitação e especialização de pizzaiolos também é notado pela técnica em educação profissional do Senac, Dilua Alberti. Segundo ela, devido à grande procura pelo curso de preparo de pizzas, de curta duração (15 horas), o Senac passou a oferecer o curso de pizzaiolo de 160 horas desde o ano passado.
Cuidados
De acordo com a chefe do setor de Alimentos da Vigilância Sanitária da Prefeitura de Curitiba, Ana Valéria Carli, as pizzarias são vistoriadas conforme a Resolução 216, que também incide sobre restaurantes, lanchonetes, panificadoras e afins. Além das condições físicas, a legislação prevê a verificação das boas práticas de higiene e de manipulação de alimentos.
Ana Valéria chama a atenção para os cuidados com alguns produtos que fazem parte do “recheio” das pizzas, como o palmito, o champignon e alguns queijos. “No caso do palmito, é fundamental que o manipulador utilize produtos de origem comprovada. Caso contrário, o produto pode ser considerado de alto risco”, afirma. Caso o palmito esteja contaminado, o consumo do produto poderá causar botulismo.
Outro fator que requer atenção é a temperatura de conservação dos alimentos.
Segundo Ana Valéria, em casos de irregularidades, o consumidor poderá comunicar a Vigilância Sanitária através do serviço 156. Os estabelecimentos são visitados conforme a solicitação dos consumidores.