Pirataria invade feirinha do Largo da Ordem

Que tal comprar um DVD por cincão? Se for lançamento, daqueles que ainda estão na tela dos cinemas, então, melhor ainda. Só que isso é crime e, pelo jeito, as autoridades não estão nem aí. A pirataria corre solta, principalmente num dos comércios mais populares da cidade, a feira do Largo da Ordem, que acontece aos domingos. Lá é possível achar todo tipo de bugiganga ilegal. E a fiscalização…

Pra ter o direito de explorar um espaço na feira, é preciso primeiro se candidatar, ser avaliado e aprovado pela Prefeitura. Depois o interessado recebe o alvará, número de identificação e acerta com um terceirizado a montagem da barraca, todos os domingos. Durante o ano, o feirante não pode faltar mais que três vezes, ou perde o direito à concessão. Pra controlar isso, a Prefeitura tem funcionários que fazem a chamada dos feirantes, sempre por volta das 9h. O titular do espaço tem de estar lá pra responder.

Ocorre que alguns feirantes, seja por baixo movimento ou problemas pessoais, vão embora logo depois de confirmar presença ou, na melhor das hipóteses, não ficam até o fim da feira, por volta das 14h. É o que os ilegais torcem pra acontecer. Como as barracas são montadas por terceirizados, ficam armadas mesmo que os ocupantes levantem acampamento. Aí os vendedores de produtos piratas invadem. Tudo vira um comércio ilegal a céu aberto. É possível encontrar toda sorte de produtos falsificados e apetrechos não-autorizados, como DVDs e CDs piratas, utensílios domésticos de baixa qualidade, produtos falsificados vindos da famosa Rua 25 de Março, em São Paulo, e muito mais.

Ambulantes ilegais

O problema é que esses ambulantes ilegais, que chegam na hora boa da feira – perto do meio-dia – não pagam nenhum tipo de taxa ou imposto, não têm alvará, não pagam pelas barracas, e atrapalham a venda de quem está ali desde as 7h da manhã, num domingo, cumprindo todas as exigências impostas pela Prefeitura.

Alguns feirantes, que não quiseram se identificar temendo represálias dos ambulantes ilegais, confirmaram as denúncias e dizem que têm medo. ?Essas pessoas que tomam conta dos espaços deixados vazios são mal-encaradas e atrapalham nossas vendas. É muito fácil chegar quando a feira está lotada, vender um produto falsificado por preço vil e ir embora dando risada. É o que eles fazem, enquanto nós temos que estar aqui 6h30, 7h da manhã, responder chamada e pagar um monte de coisas. É uma injustiça. A polícia e a fiscalização não fazem nada?, reclama o comerciante.

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