Este ano Piraí do Sul tem um motivo a mais para comemorar a 126.ª festa da padroeira da cidade: Nossa Senhora das Brotas, protetora da agricultura e da pecuária. Foi frei Galvão – que está prestes a ser reconhecido como o segundo santo brasileiro – quem deixou uma imagem de Nossa Senhora no município. Hoje cerca de 15 mil pessoas devem participar do festejo.
A história da padroeira da cidade é bem curiosa e conta com a participação de frei Galvão, que pode ser canonizado em maio deste ano, quando o papa Bento XVI virá ao Brasil. Quando o padre seguia para o Rio Grande do Sul ficou hospedado na casa de uma família muito religiosa e de presente deixou uma imagem de Nossa Senhora, que foi emoldurada. Anos depois, a família se mudou para outro lugar, mas perdeu o quadro no caminho.
Nos anos seguintes, vieram a seca e um incêndio acabou com a vegetação na região. Andando pelo campo, a família encontrou o quadro praticamente intacto, o fogo só havia consumido a moldura, que era de madeira. Como a vegetação estava brotando, a imagem ficou conhecida como Nossa Senhora das Brotas e conquistou a fé do restante da população. Ganhou até um santuário, onde são realizadas as festas.
O reitor do santuário, padre Silvio José Breginski, vê com bons olhos a canonização do Frade e espera que ajude a divulgar mais ainda o nome da padroeira da cidade, atraindo mais fiéis. Além de aumentar a fé, também dá um reforço no turismo religioso, movimentando a economia do município, gerando renda para a população.
A 126.ª edição da festa começa hoje, às 9h, com procissão que sai da Igreja Matriz com destino ao santuário, distante três quilômetros. Às 10h acontece uma missa campal. Depois haverá almoço e shows musicais.
Piraí do Sul surgiu graças ao tropeirismo. Pelo Caminho de Sorocaba, que ligava o Rio Grande do Sul a São Paulo, havia os locais de ?pouso?, que deram origem a vários municípios. Em 1881, Piraí foi elevada a vila e, em 1882, a município, com a instalação da primeira Câmara Municipal.