Pinturas das fachadas colorem a Rua Riachuelo

Não são só o novo piso, na cor vermelha, presente já em 70% das calçadas, e as novas luminárias, mais claras e modernas, que estão mudando a “cara” da rua Riachuelo, na área central. A transformação da rua, que já foi um dos mais importantes eixos da cidade e estava degradada nos últimos 20 anos, pode ser observada também em 15 imóveis que ostentam pintura novinha em folha e pela movimentação de pintores nas fachadas das edificações.

O projeto de revitalização da Riachuelo tem duas frentes de ação. Uma delas é a reforma da rua, que inclui novas calçadas e iluminação, fresagem e recapeamento asfáltico, sinalização horizontal e vertical, renovação do mobiliário urbano (floreiras, telefones públicos e lixeiras). As obras se estendem por 820 metros, entre as praças Generoso Marques e 19 de Dezembro, com investimento de R$ 800,6 mil.

Até agora, o ponto mais visível do projeto é a construção das novas calçadas. Elas já foram construídas do lado esquerdo da rua e as obras estão chegando às últimas quadras do lado oposto, onde a extensão é maior, acompanhando o muro do Colégio Tiradentes e chegando até a frente do Passeio Público.

O material que está sendo utilizado nas calçadas (placas vermelhas de granito reconstituído em concreto vibro prensado de alta resistência) foi escolhido para se tornar uma marca registrada da rua. O piso é antiderrapante e nas esquinas há rampas de acesso para cadeirantes. O meio fio, que era de concreto, está sendo substituído por peças de granito.

Um dos diferenciais da rua é a iluminação, com 115 postes de carbono com 4 metros de altura e luminárias circulares com lâmpadas de multivapor metálico de 150W, que dão mais luminosidade à rua e, consequentemente, mais segurança para quem transita à noite pelo local.

Toda a fiação da rua foi enterrada e, por isso, a obra de construção das calçadas envolveu acordo com as concessionárias de serviços públicos (como energia elétrica e telefonia) para modernização das redes que passam pela rua antes do início das obras. As empresas se comprometeram a não fazer perfurações no local pelos próximos cinco anos.

Até agora, além das calçadas, em fase final de construção, as obras executadas incluem também a instalação das luminárias. O próximo passo é revitalizar o pavimento, implantar a nova sinalização e fazer a colocação dos equipamentos, como floreiras e lixeiras.

Depois que a obra da Riachuelo for concluída, a mesma reforma deverá ser feita na rua São Francisco, outro ponto da área central considerado crítico. A intervenção será semelhante e, com isso, a Prefeitura espera que o eixo da Riachuelo possa recuperar o seu antigo prestígio.

Outras ações podem reforçar esta valorização, segundo o arquiteto Mauro Magnabosco, do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), que coordena o projeto de revitalização da Riachuelo. Uma proposta que está sendo elaborada prevê a criação de um espaço cultural dedicado ao cinema no prédio onde funcionava o quartel do Exército, na esquina com a rua Carlos Cavalcanti.

Ali, numa área de 2 mil metros quadrados, serão instaladas duas salas de cinema (para suprir a lacuna deixada pelos cines Luz e Ritz, que eram administrados pela Fundação Cultural de Curitiba e fecharam suas portas há alguns anos), um café e uma escola de cinema mantida pelo município.

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