A briga pela reabertura das casas de bingos em Curitiba teve mais um round ontem, com vitória da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Segundo informações da assessoria de imprensa da 2.ª Região do Tribunal Regional Federal (TRF), no Rio de Janeiro, está sendo feita uma pesquisa detalhada de todas as decisões judiciais anteriores à dada pelo órgão na última quinta-feira, que autoriza o funcionamento dos bingos situados à Avenida Batel, 1.140, e na Rua Mateus Leme, 115.
O procurador-geral do Estado, Sérgio Botto de Lacerda, juntou todo o material veiculado na imprensa nos últimos dias e anexou às cópias de todas as decisões judiciais anteriores, tanto na esfera estadual como federal. Todo o material foi transmitido ao TRF por fax e via Correios. ?Trata-se de uma invenção genial dos autores da ação, que registraram os endereços com nomes diferentes e omitiram todos os processos anteriores, que proibiram o funcionamento dos bingos?, explicou. O local onde outrora funcionava o Vilage Bingo, no Batel, aparece na ação como Tenex Promoções e Eventos Ltda. e onde era o Bristol, teoricamente hoje está a Marabá Comércio e Serviços Ltda.
?Eles fizeram uma manobra parecida em 2004, em Santo André, quando usaram o nome de Núcleos Jardins Comércio?, explica o procurador. Na ocasião, o Tribunal Regional de São Paulo negou a autorização para a reabertura. Além dos documentos, Botto alega que o Paraná não é parte da ação e por isso, a decisão não pode ser cumprida.
Enquanto a garantia de que as casas ficaram fechadas não existir, a Polícia Militar continua de sentinela nos dois locais. O proprietários das casas, Celso Lanzoni,de posse do termo de fechamento do bingo na Avenida Batel, lacrado pela Polícia Militar, informou ao TRF que a polícia do Paraná não permitiu o cumprimento da ordem judicial expedida na semana passada. Porém, como o dossiê encaminhado por Botto já havia chegado às mãos do desembargador, o órgão só deve se pronunciar sobre o caso hoje.
