PF investiga fraude no seguro-desemprego

Duzentos e cinco casos de tentativas de fraude ao seguro-desemprego estão em investigação em Curitiba e outros quarenta em Londrina. Os números foram passados pela coordenadora geral do seguro-desemprego e abono salarial do Ministério do Emprego e Trabalho, Ana Maria Belavenuto e Freitas. Ela esteve na capital em visita à superintendência da Polícia Federal (PF).

Os indícios de tentativa de fraude são identificados pelo sistema de processamento de dados adotado pelo Ministério, que cruza dados e aponta a ocorrência de falhas, como o informe errado do valor do salário para conseguir receber um valor maior do benefício ou um vínculo trabalhista fictício.

“Em respeito às pessoas que realmente têm direito ao seguro-desemprego, qualquer tentativa de fraude deve ser acompanhada de perto”, disse Ana Maria. “Quando uma irregularidade é identificada, o pagamento do seguro é imediatamente bloqueado, assim como o PIS da pessoa suspeita. Na seqüência, é formalizado um processo administrativo que é encaminhado à PF. Esta passa a instaurar um inquérito policial.”

Parte das parcelas de seguro-desemprego foram pagas há algumas das 205 pessoas suspeitas de fraude em Curitiba. Se a irregularidade não fosse apontada pelo sistema de bancos de dados do Ministério, as fraudes gerariam um prejuízo total de cerca de R$ 400 mil. Há suspeitas que dezessete empresas, cujos nomes não foram revelados, estejam envolvidas em alguns dos casos ocorridos na capital.

“Algumas destas empresas são bastante conhecidas no Estado, mas acredito que a maioria delas seja inocente”, revelou o delegado regional do Trabalho, Geraldo Serathiuk. “Há suspeitas de que os nomes destas empresas tenham sido apenas utilizados pelos fraudadores para dar legalidade aos processos irregulares.”

Serathiuk também falou de um outro tipo de fraude ao seguro-desemprego que vem acontecendo em Curitiba, cometido por agenciadores de pessoas que têm direito ao benefício. “Estes agenciadores identificam quem têm direito ao benefício e oferecem a elas trabalhos sem registro profissional”, revelou. “Isto acontece principalmente nesta época de fim de ano, quando o comércio passa a oferecer diversos serviços temporários.”

Os casos de fraude estão sendo investigados pela Polícia Federal (PF), cujos funcionários estavam em greve. O seguro-desemprego pode ser pago em quatro ou cinco parcelas. O valor mínimo é de um salário mínimo. Já o máximo é de R$ 449,03.

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