O esgoto doméstico, quando não tratado, representa uma das principais fontes de poluição nos centros urbanos, mas alguns técnicos estão pesquisando outras soluções mais simples. Uma dessas iniciativas, o projeto de despoluição por zona de raízes, está em exposição no evento “De Olho no Ambiente”, que a Petrobras desenvolve até o dia 15 de fevereiro na praia do Flamingo, em Matinhos, litoral paranaense.
Os visitantes que forem à arena de 1.200 metros quadrados, montada pela estatal nas areias do Flamingo poderão ver, em um grande aquário de vidro e em material gráfico, como funciona o projeto que já é uma realidade na região de Guaraqueçaba desde 1998.
A idéia básica é a utilização de uma caixa d? água de mil litros onde se colocam plantas específicas de banhado e logo abaixo uma camada de areia e brita. O esgoto, que é armazenado num tambor grande de plástico, vai sendo escoado para o tanque por meio de uma tubulação. A primeira fase é a despoluição aeróbica, onde as raízes fornecem as bactérias o oxigênio necessário para sua sobrevivência, e estas, por sua vez, podem quebrar a matéria orgânica em partes bem pequenas, sendo que as próprias plantas se aproveitam também dessa matéria. Nessa fase, as plantas também ajudam a evaporar a água, diminuindo o volume de material em cerca de 50%. Na segunda fase, o que sobra se infiltra na brita e areia, e sofre um processo de transformação por bactérias anaeróbicas, ou seja, que não necessitam oxigênio.