Saber o quão eficiente é a vacina contra a gripe distribuída no Brasil. Esse é o objetivo de uma pesquisa internacional que vem sendo realizada em diversas partes do mundo, com a participação de duas entidades brasileiras: o Centro Médico São Francisco, em Curitiba, e a Universidade Federal de São Paulo.

continua após a publicidade

Na capital paranaense, 403 pessoas que receberam a vacina e possuem mais de 65 anos de idade foram convidadas a participar como voluntárias do estudo. O participante mais velho tem 101 anos e, como os demais, deve passar por acompanhamento até o mês de novembro.

?Estamos em contato com as pessoas que tomaram vacina para ver se elas apresentam tosse, febre, coriza e dor de garganta. Quando uma delas apresenta algum desses sintomas, recolhemos um pouco de sua secreção nasal e enviamos para o exterior?, explica o coordenador da pesquisa em Curitiba, Clóvis Arns da Cunha, que é professor de infectologia da UFPR.

Fora do Brasil, a secreção nasal recolhida é analisada para que pesquisadores possam saber se o que causou tosse, coriza, dor de garganta ou febre no participante do estudo foi ou não o vírus da gripe. ?Existem diversos vírus que provocam sintomas semelhantes ao da gripe. Por isso, a pesquisa deve demonstrar o quão eficiente é a vacina distribuída hoje no Brasil.?

continua após a publicidade

Das 403 pessoas voluntárias, em cinqüenta também será testada a produção do anticorpo contra o vírus Influenza (causador da gripe) feita pelo organismo. A expectativa é de que o resultado das pesquisas sejam divulgados no início de 2007.