Pesquisa aponta 2.587 armas registradas em 2009 no Estado

O Paraná é o terceiro colocado em número de registros de armas no País, de acordo com dados da pesquisa Implementação do Estatuto do Desarmamento do Papel à Prática, lançada essa semana pelo Instituto Sou da Paz. Segundo o estudo, em 2009 foram registradas 2.587 armas no Paraná.

O número é superior, inclusive, ao de São Paulo, onde foram realizados 1.916 registros no mesmo período. Em primeiro lugar ficou o estado de Santa Catarina, com 3.414 armas registradas, e em segundo o Distrito Federal, com 2.733.

A pesquisa do Instituto Sou da Paz foi realizada em 2008 e 2009, em dez estados brasileiros, junto a representantes do Exército e das polícias militares, civis e federais.

Em relação aos pedidos de registros provisórios (feitos pela internet), o Paraná também tem destaque: foram pouco mais de 97 mil em 2009, perdendo para Minas Gerais (129.866), Rio Grande do Sul (171.564) e São Paulo (244.681).

O estudo abordou diversos aspectos relativos às armas de fogo, entre eles o número de estabelecimentos que vendem esses produtos. Segundo a pesquisa, o Rio Grande do Sul é o estado com o maior número de lojas de armas no País: 143 estabelecimentos.

No Paraná são 67; no Rio de Janeiro, 15, e em São Paulo, 115. O estudo relata que diminuiu o número de lojas, mas não aponta quais eram em 2008 para comparação.

Outro dado interessante a respeito do Paraná é em relação à quantidade de armas furtadas ou roubadas. Em 2009, foram furtadas ou roubadas 545 armas no Estado. Nesse quesito, o estado ficou em quarto lugar, perdendo apenas para São Paulo (3.951), Distrito Federal (810) e Rio Grande do Sul (786).

A reportagem tentou falar com representantes do Instituto, por telefone, mas não obteve retorno. Algumas conclusões foram tiradas pela pesquisa, como por exemplo que depois do Estatuto do Desarmamento (de 2003) está havendo um maior controle sobre a compra e a venda de armas e que mais de cinco mil vidas foram salvas, no país, em menos de três anos.

A pesquisa apontou também alguns problemas na implementação do Estatuto, como a falta de diálogo e articulação entre o Exército e a Polícia Federal; as “irresponsabilidades no controle dos arsenais do Estado” e as falhas no controle dos colecionadores e das empresas de segurança privada.

A pesquisa completa está disponível no site do Instituto, que é www.soudapaz.org.