Pescadores, banhistas e surfistas disputam espaço

O mar tem sido dividido de forma democrática nesta temporada entre banhistas, surfistas e pescadores. O convívio é supervisionado pelos salva-vidas do Corpo de Bombeiros, que gerenciam os espaços evitando acidentes. Esses profissionais estão de olho nas crianças para que não sejam atingidas por pranchas de surf e anzóis de esportistas menos cuidadosos.

Os pescadores são vistos com reservas, tanto por banhistas quanto surfistas, mas afirmam que, no geral, tudo se resolve com diálogo e, sobretudo, com respeito ao espaço de cada um. Euzita Ferreira, que veio de Blumenau veranear em Matinhos, afirma que ?a maior tensão se relaciona às crianças. Tenho três filhos e fico controlando para que não fiquem perto dos pescadores?.

Já o dentista Rolando Greco, de Curitiba, entende que apesar de nunca ter passado por nenhum problema, o espaço deveria ser melhor dividido. ?Os banhistas são maioria. Por isso, os surfistas e pescadores poderiam buscar outros lugares mais isolados?, opina.

Os surfistas também confirmam o convívio pacífico com banhistas e pescadores, mas Michael Ceolin, estudante, que pratica surf há quatro anos, ressalta que já teve problemas. Segundo Michael, o surfista que está além da arrebentação não vê a linha do pescador. ?Já me enrolei em uma linha e quase me machuquei. Conversei com o pescador e nos acertamos. Com um bom papo não há crise?, relata.

Orientações

Já a ótica dos pescadores é diferente. Na opinião do corretor de imóveis, Pedro Cicielske, que pesca há 12 anos no balneário Praia Grande, tem-se que buscar lugares próprios para cada esporte. ?Eu e a maioria dos pescadores procuramos pescar na placa de perigo?, diz. Ele explica que, em tese, deveria ser o lugar onde os banhistas não deveriam ficar. ?Mas, infelizmente, tem banhista descuidado, que não presta atenção na placa, e toma banho exatamente ali?, reclama.

Atuando como mediador entre banhistas, surfistas e pescadores, os salva-vidas gerenciam os espaços. O soldado Normando Romfeld confirma que existe a orientação do comando do Corpo de Bombeiros para coordenar os veranistas nesse sentido. ?O convívio é tranqüilo e, na maioria das vezes, o pessoal atende as indicações com disciplina?, comenta.

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