Como toda metrópole, Curitiba não foge à regra quando o assunto é trânsito. Apesar de a capital paranaense estar longe de possuir os quilométricos engarrafamentos de São Paulo ou Rio de Janeiro, a cidade vem sofrendo com o problema em horários de pico ou em algumas regiões específicas em determinados períodos. Em outros pontos, o problema se traduz na falta de segurança para os pedestres.
Em ambos os casos, muitas vezes o problema é a falta de sinalização adequada ou prejudicada, seja ela horizontal ou vertical. Por mais que a Prefeitura esteja empenhada em sanar o problema, ele existe em vários pontos. Na Avenida Erasto Gaertner, por exemplo, a faixa de pedestres simplesmente sumiu e a de separação de pistas também.
Segundo a gerente de Engenharia da Diretran, Rosângela Battistella, o trabalho de reparo na pintura das faixas de pedestres em vários pontos da cidade está sendo feito. "Inicialmente priorizamos as vias principais de acesso, especialmente devido ao fluxo de veículos na realização do COP8/MOP3 (eventos da ONU). Agora, com a equipe da Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), vamos fazer os reparos por toda a cidade."
Rosângela explicou que há uma subdivisão da cidade em oito áreas, nas quais técnicos fazem vistorias constantes. Ela reconhece os problemas, mas garante que há um trabalho para resolvê-los. "A pintura da sinalização horizontal se desgasta com o tempo e precisa de reparos. Quando feita a frio dura cerca de um ano, quando a quente, dura cerca de quatro, dependendo do estado da pavimentação", explica, justificando por que em alguns trechos há falhas. Mesmo assegurando que a Prefeitura já investiu R$ 3 milhões, ela diz que ainda há muito a ser feito.
Rodoviária
Um dos trechos visivelmente problemáticos no trânsito curitibano é o cruzamento das ruas Mariano Torres, Sete de Setembro e Afonso Camargo, à altura da Praça Baden Powel. Lá o problema não é necessariamente de sinalização, mas de fluxo. "É um dos trechos da cidade em que mais acontecem acidentes, principalmente nos feriados, quando o movimento da rodoviária cresce", reconhece o chefe do Setor de Operações de Trânsito da Diretran, Pedro Darci. Porém, naquele trecho em especial, ele explica que só uma obra como a construção de um viaduto ou algo do gênero poderia solucionar o caso.
Um pouco mais adiante, no cruzamento da Mariano Torres com a Marechal Deodoro, outro problema. Por conta da inexistência de um sinal de pedestres cruzando a Deodoro no trecho, é praticamente impossível atravessar a rua. Quando o sinal fecha na Marechal, ele abre na Mariano, de onde os carros podem dobrar e muitas vezes sequer sinalizam. "Para esse ponto e outros já determinados, nos quais os motoristas não respeitam os pedestres quando eles pisam na faixa, haverá nova sinalização. O tempo de espera dos carros vai aumentar, pois a maioria não colabora voluntariamente com o pedestre." Mais dez áreas centrais devem receber reparos, conforme prevê o projeto de Modernização da Central de Controle de Tráfego em Área. E o cidadão que detectar algum problema em qualquer trecho pode recorrer ao serviço do 156 da Prefeitura. "Mantemos equipes em observância, mas a colaboração da população na detecção de problemas é importante", finaliza Rosângela.