Perigo em ponte sobre o Rio Iguaçu

Quem se desloca entre Curitiba e Fazenda Rio Grande enfrenta uma aventura diária ao ter de passar pela ponte sobre o Rio Iguaçu, na BR-116. Estreita e sem guarda-corpo, a estrutura gera riscos tanto para motoristas quanto para pedestres e ciclistas. Na manhã da última segunda-feira, um motociclista caiu da ponte. Ele foi fechado por outro veículo e saiu da pista.  

O rapaz sobreviveu, mas teve uma perna quebrada. Porém, não foi o primeiro a se acidentar durante a travessia. ?Os acidentes são constantes. A ponte é estreita e tem um grande fluxo de veículos, principalmente no início da manhã e no final da tarde. Para complicar, muitos motoristas passam correndo?, afirma o metalúrgico Nerivaldo Urbanovicz, que trabalha em um estabelecimento quase vizinho à ponte.

Na manhã de ontem, o topógrafo João Carlos Nabosne passou a pé pela estrutura. Ele conta que a experiência não foi nada agradável. ?Não há guarda-corpo e o vácuo provocado pelos veículos que passam em alta velocidade quase nos lança para dentro do rio. É necessário que haja uma passarela metálica ao lado da ponte para que os pedestres possam passar com segurança.?

Na opinião do comerciante e artesão Luiz Carlos Antunes, que freqüentemente viaja do município de Rio Negro, onde mora, a Curitiba, a ponte é a pior de todo trajeto realizado pela BR-116. ?É a ponte mais perigosa pela qual costumo passar. Acredito que, no mínimo, a estrada deveria ser duplicada para que os problemas fossem resolvidos?, comenta.

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O superintendente regional do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit), David Gouvêa, se diz ciente dos perigos que a ponte representa. De acordo com ele, um edital de duplicação da BR-116, de Curitiba até o município de Areia Branca dos Assis, passando por Fazenda Rio Grande, está sendo analisado em Brasília. Além disso, está sendo finalizado um projeto que prevê a restauração da ponte e a construção de uma segunda no mesmo local. A estimativa é de que as obras custem cerca de R$ 100 milhões. Ainda não há previsão de quando tudo deva ser iniciado. 

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