A depressão por motivos financeiros é agravada com a proximidade das festas de final de ano, época em que comumente atinge mais pessoas. Segundo a psicóloga-logoterapeuta Elizabeth Suzin Branco, esse tipo de depressão acontece geralmente com pessoas que estavam acostumadas com um tipo de vida, e devido à crise, precisam aprender a controlar os gastos. “O indivíduo não pode comprar algo, então se deprime”, explica a psicóloga.
Para Elizabeth, essa depressão que acontece em determinadas épocas do ano, ou seja,é sazonal, atinge pessoas que já têm predisposição para a doença. “A depressão já está pré-estabelecida na vida deste ser”, afirma. A logoterapeuta diz ainda, que é bom que isso aconteça, porque só assim a pessoa enxerga o problema, e acaba indo buscar ajuda.
Existem três tipos de estágio da depressão: leve, em que o indivíduo perde o interesse pelas coisa dos cotidiano, deixa de ter prazer, está sempre cansado, angustiado e apresenta uma fadiga aparentemente infindável; na moderada, a doença começa atingir o corpo da pessoa, ou seja, o psicossomático, em que problemas psicológicos refletem no físico; e na grave e gravíssima, o paciente tem delírios, idéias de pecado, alucinações auditiva, visual e olfativa, entre outros. Carentes de afeto.
De acordo com Elizabeth Suzin, as pessoas atingidas pela depressão têm muita necessidade de afeto, atenção e carinho, além de ficarem reclamando e se queixando o tempo todo. “É muito difícil lidar com um depressivo, pois ele põe defeito em tudo, e na maioria das vezes sempre se faz de vítima, pelo fato de achar que é culpado por tudo que acontece ao seu redor. É por esse motivo que eles acabam sendo isolados da sociedade, pois, pais, parentes e amigos acabam os abandonando, o que acarreta no aumento do estágio da depressão”, lamenta a psicóloga.
Branco não acredita na cura dessa doença. “É difícil obter um resultado, o indivíduo apenas melhora, mas sempre corre o risco de ter recaídas”, diz. A dica que ela dá para quem sofre de depressão é buscar ser feliz, e não ficar preocupado com coisas pequenas. “Não pode se acabar por coisas bobas, é importante sempre manter a calma”, aconselha a psicóloga. Segundo Elizabeth, é importante também, na hora de uma crise, respirar fundo para oxigenar o cérebro, e assim ficar calmo.