O peixe, raro em águas paranaenses e bastante cobiçado na pesca oceânica, ficou preso na corda da rede de dois pescadores artesanais que esperavam pegar cações e cavalas.
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“Eles foram pescar em alto mar, com uma rede pequena, e ele veio engatado acidentalmente. É uma rede que não é feita para um peixe grande assim. Tanto que ela embolou e não veio mais peixe nenhum”, conta o irmão do dono do barco que pescou o marlim-azul, Fabiano Ramos Lopes, conhecido como Sapo Pescador.
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Os pescadores haviam saído para o mar durante a noite e somente quando estavam voltando para a costa, pela manhã, conseguiram ver o que estava preso na rede. Como o animal estava morto, eles o colocaram no barco e trouxeram para a terra.
Ali, depois de registrado o feito, o animal foi cortado em pedaços e dividido entre os membros da comunidade. “Ele não é bom para negócio, mas é gostoso. Então dividimos com a comunidade para nós comermos. Somos em aproximadamente 700 pessoas aqui, deu um pedaço para cada família”, narra Sapo Pescador.
Quem viu o peixe arrisca dizer que ele foi um dos maiores já pescados em Matinhos. “Em toda minha vida de pescaria, acho que devo ter pescado uns dois ou três marlins-azuis, de no máximo 40 quilos. E eu pesco desde os 9 anos. Hoje tenho 43”, diz Lopes.
Pesca esportiva proibida
O marlim-azul é um peixe de águas mais quentes, sendo bastante encontrado em estados como Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia. Os representantes da espécie, principalmente as fêmeas, podem medir até 4,5 m e pesar até 900 quilos. Os machos tendem a ser menores.
Apesar de ser bastante cobiçado por pescadores esportivos, a pesca do marlim-azul é proibida no Brasil por uma instrução normativa da antiga Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (Seap). Conforme a norma, os marlins-azuis capturados devem ser devolvidos ao mar se estiverem vivos ou encaminhados para institutos de pesquisa se estiverem mortos. O objetivo é preservar a espécie.
Contudo, a regra não se aplica à pesca artesanal, como aconteceu em Matinhos.
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