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Uma menina de 8 anos começou a freqüentar as aulas na escola usando maquiagem e muitos adereços, como brincos e pulseiras. Ela também enviava bilhetes para meninos ou possíveis "namorados", e começou a influenciar outras meninas da mesma idade. Esse tipo de comportamento, identificado em uma aluna de um colégio particular de Curitiba, vem se tornando cada vez mais freqüente entre as crianças, e os pais precisam ficar atentos, pois agindo como "miniadultos", acabam queimando etapas do desenvolvimento que farão falta na vida adulta.

A orientadora educacional do Colégio Medianeira, Ivana Suski Vicentin, comenta que, na maioria das vezes, a mídia tem grande influência nesse comportamento. Isso tem feito com que as crianças virem um grande filão de mercado. "Existe muita propaganda para esse público, o que acaba influenciando no comportamento", falou. Mas o maior problema, avalia Ivana, é a falta de orientação e convívio com os pais. "A maioria acaba delegando a orientação para outras pessoas, como parentes ou empregada, que não têm rigor na educação", ponderou.

O psicólogo Dionízio Banaszewski destaca que a convivência menor com os pais faz com que elas busquem direcionamento em outros setores, como a escola ou creche. Segundo ele, quando a criança deixa de viver sua infância, isso traz conseqüências na vida adulta. "A vida é uma seqüência, e em algum momento dela a etapa que foi pulada vai aparecer", disse, comentando sobre os adultos que se comportam como crianças.

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Atenção

De acordo com Ivana, a escola tem procurado agir nesses comportamentos através de informação aos pais. O tema é repassado durante reuniões ou encontros, para que possam observar isso nos filhos. Ela ressalta que a repressão e punição nesse tipo de situação não alcançam bons resultados. "O válido é atuar na linha da conscientização", afirmou. O psicólogo Dionízio Banaszewski também destaca o papel dos pais nesse processo. "Os pais precisam estar presentes e intervir com autoridade."

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