Pesquisadores do Museu de História Natural de Curitiba vão monitorar a comunidade de peixes, principalmente carpas, existente nos lagos dos parques Barigüi e São Lourenço. O projeto, patrocinado pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente, começa este mês e tem como objetivo gerar conhecimento sobre a quantidade desses peixes existente no lago e a saúde deles.
O trabalho começa pelo lago do Barigüi, e segue depois ao lago do Parque São Lourenço. O primeiro passo dos pesquisadores é a captura e marcação dos peixes. No dorso de cada animal será injetada uma espécie de etiqueta com um número de identificação. As informações sobre peso e medida dos exemplares serão anotadas em ficha individual. “Precisamos de dados históricos para aprofundar o entendimento sobre as alterações ambientais dos lagos e assim embasar medidas de manejo para o ecossistema em questão”, explica o biólogo do Laboratório de Ictiofauna do museu, Vinícius Abilhoa, responsável pelo projeto.
O marcador mede menos de um centímetro. Porém, antes da marcação, as carpas serão anestesiadas. Elas permanecerão alguns minutos em um recipiente com água natural para se recuperar da anestesia, e só depois serão soltas no lago. Durante quatro meses os pesquisadores vão fazer a recaptura desses peixes para comparar as informações. “Isso possibilita estabelecer a densidade populacional desses animais, por exemplo”, diz Abilhoa.
Laboratório
De acordo com o biólogo do Museu de História Natural, alguns exemplares de carpa serão coletados e levados para pesquisa no laboratório. “Nessa fase serão analisados fígado, brânquias e outros aspectos relativos à saúde dos animais”, conta o pesquisador. O trabalho está previsto para durar um ano, mas, segundo Abilhoa, em seis meses já será possível obter resultados.
