O pátio da 13.ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), localizado no Contorno Sul de Maringá, está quase lotado. A ponto do chefe da unidade, Jorge Higaki, pedir para que o comando da Polícia Militar local amenize as blitze na cidade, que foram intensificadas nos últimos meses.

continua após a publicidade

O local está com mais de 180 carros e 290 motocicletas apreendidos e, segundo ele, no ritmo que as apreensões têm sido feitas, de 25 a 30 novos automóveis chegam diariamente ao pátio.

De acordo com Higaki, se as pessoas que têm veículos apreendidos demorarem para retirá-los, o pátio rapidamente ficará sem vagas. E um veículo não retirado pelo proprietário só pode ser leiloado depois de 90 dias. Hoje, cerca de 80 carros ainda cabem no local.

“Não podemos contrariar o trabalho da polícia, já que é bom para o município. Mas o ideal é que tivéssemos uma trégua de duas semanas nas operações”, diz Higaki. Para ele, a causa da intensificação nas apreensões é a chegada de novos cadetes à PM, que têm realizado operações como forma de treinamento. “Antes não era assim. As blitze eram esporádicas”, informa.

continua após a publicidade

A PM diz que as operações vão continuar, independente da quantidade de novos soldados na cidade. “Nossa intenção é diminuir o número de ocorrências, principalmente a quantidade de mortes no trânsito”, explica o capitão Silva Neto, do 4.º Batalhão da Polícia Militar. Ele informa que o número de mortes, inclusive, já diminuiu desde que as operações se tornaram mais intensas.

Segundo Silva Neto, os policiais que estão em estágio são usados “maciçamente” e, em breve, muitos devem ser designados a outros municípios. Mas mesmo com a iminente saída dos cadetes, a PM pretende manter a intensidade das blitze.

continua após a publicidade

“Nosso planejamento é para que haja continuidade. Já criou-se uma sistemática, uma rotina nesse sentido”. A polícia, segundo ele, tem como atuar em até seis operações coordenadas.

O capitão também salienta que a polícia, apesar de estar ciente da limitação do pátio da Ciretran, não teme que o alto número de apreensões lote o local. “Confiamos que a Ciretran cumpra os calendários para mandar os veículos a leilão”, afirma. “Eles também fazem parte dessa luta contra as mortes no trânsito.”