Passeio mal planejado pode gerar transtornos

Tem gente que passa o ano inteiro esperando o fim do ano para tirar férias e aproveitar o período de descanso para sair da cidade e conhecer outros lugares. No entanto, o passeio pode acabar se tornando uma grande dor de cabeça em vez de ser um momento de diversão se não for bem planejado.

Filas, atrasos, cancelamentos e outros transtornos podem ocorrer em qualquer viagem, ainda mais nesta época do ano, mas os problemas podem ser ainda maiores se o viajante não tomar algumas precauções antes de botar o pé na estrada.

“Antes de viajar, o primeiro cuidado que a pessoa deve ter é buscar informações sobre as empresas em que estão contratando serviços, independente de a compra ser feita por meio de uma agência ou pelo próprio viajante, principalmente em sites de compras coletivas”, orienta a coordenadora da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-PR), Cláudia Francisca Silvano.

Outros cuidados seriam consultar conhecidos que tenham utilizado o serviço antes de fechar o negócio e “não contratar empresas sabidamente problemática”. Para o diretor de Relacionamento da Associação Brasileira das Agências de Viagens do Paraná (Abav-PR), Geraldo Rocha, uma das melhores formas de se precaver é contratar os serviços por meio de empresas especializadas.

“Mesmo efetuando o pagamento e fazendo a reserva com antecedência, por conta própria, muita gente acaba descobrindo que seus dados não constam no sistema no momento de utilizar o serviço e aí, fica mais difícil de resolver o problema porque não tem ninguém que dê respaldo”, comenta.

Ele ainda alerta para que os viajantes optem por agências que tenham um “espaço físico regulamentado”. “Vendas pelo jornal e pela internet são um risco muito grande. O ideal é que o turista procure uma agência, que oferece uma segurança maior no caso de haver qualquer problema durante a viagem”, opina.

Independentemente da escolha que o turista faça a respeito da contratação dos serviços, Cláudia sugere que o viajante exija que as condições de compra e venda sejam dispostas em um contrato.

No caso de haver algum imprevisto, o ideal é que o viajante procure os órgãos de defesa do consumidor para oficializar uma reclamação após seu retorno. “Todos os gastos efetuados a mais devem ser documentados pelo turista por meio de recibos para que ele possa tentar um acordo de ressarcimento de valores com a empresa primeiro. Se não der certo, o Procon pode intervir. Em alguns casos, o consumidor pode até mesmo entrar com uma ação de danos morais na Justiça”.

Reclamações

Quando se fala em serviços de turismo, os recordistas de reclamações no Procon-PR são as empresas de transporte aéreo. De acordo com levantamento do órgão, entre 1º de janeiro e 15 de dezembro deste ano, foram registradas 698 ocorrências – reclamações e pedidos de informação – sobre este setor.

Em seguida, aparecem o transporte rodoviário de passageiros, com 209 ocorrências, as agências e os pacotes de viagens, com 179, e os hotéis e pousadas, com 98.

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