Passeata marca o Dia Internacional da Mulher

Desde ontem, vários eventos alusivos ao Dia Internacional da Mulher vêm sendo realizados em diversas localidades do Paraná. Na capital, uma passeata marcou a data com a participação de centenas de representantes de entidades sindicais, organizações e instituições de defesa da mulher. As atividades continuam hoje.

Durante a manhã, às 10h, acontece um ato em solidariedade às mulheres palestinas na mesquita de Curitiba. À tarde, haverá atividades culturais e um bazar organizado pela Associação das Mulheres Negras, no Sítio Cercado, também na capital. Durante todo o dia, também acontece um encontro das mulheres sem terra em Porecatu, norte do Estado.

Em Londrina, também no norte, a Câmara Municipal promoveu audiência pública para discutir implantação do Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Em Curitiba, a passeata de ontem teve início em frente à Catedral Basílica, onde houve um protesto pelo fim da violência contra a mulher. Na sequência, as manifestantes seguiram pela Rua XV até a Boca Maldita, com distribuição de panfletos, faixas e cartazes.

Este ano, a passeata teve como tema “Mulheres não vão pagar pela crise do capital”. De acordo com a coordenadora do Fórum Popular de Mulheres, Antônia Passos de Araújo, as entidades de defesa da mulher temem que o momento turbulento da economia mundial implique em ações contra as mulheres no mercado de trabalho.

A ativista destaca que outro ponto a ser debatido nesta data é a participação feminina na reforma política. “É fundamental que haja uma atenção especial para garantir a participação da mulher no Legislativo.”

Aborto

Dentre os assuntos abordados pelos movimentos feministas, o aborto, em especial, ganhou um tom ainda mais polêmico. Para a assistente social Daniela Moller, que participa da Luta pela Legalização do Aborto, a interrupção da gestação é uma questão de saúde pública.

“É claro que defendemos os métodos contraceptivos, mas não dá para ignorar as milhares de mulheres que morrem a cada ano por conta de um aborto ilegal”, afirma. “Queremos exercer o direito de escolher ser mãe e o apoio do governo com a aplicação de políticas públicas”, diz.

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