Passagem de ônibus não sobe em Londrina

O aumento da tarifa de ônibus em Londrina, norte do Estado, de R$ 2 para R$ 2,15, não vai mais acontecer. A prefeitura do município conseguiu cassar a liminar que autorizava o aumento, no fim da tarde de ontem. Decisão do presidente do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), José Vidal Coelho, determinou que não ocorra o aumento, conforme previa a liminar concedida pelo juiz Mário Azzolini, da 2.ª Vara Cível de Londrina, à empresa Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL).

A briga judicial começou no fim do ano passado, quando o então prefeito Nedson Micheleti (PT) autorizou o aumento da tarifa e a Justiça decidiu pela proibição do aumento. Neste início de ano, o prefeito interino de Londrina, Padre Roque (PTB), revogou o decreto que autorizava o aumento. Mesmo assim, a Transportes Coletivos Grande Londrina entrou com uma ação e ganhou liminar que autorizava o aumento da tarifa. A prefeitura ingressou, então, com outra ação contrária à mudança de preço, que foi julgada ontem.

Capital

Em Curitiba, o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Verde (PV) reuniram-se ontem à noite com representantes da comunidade na Biblioteca Pública do Paraná para discutir o aumento da tarifa de ônibus, que passou de R$ 1,90 para R$ 2,20 na última segunda-feira. A reunião também serviu para debater a possível entrada na Justiça com ação civil pública conjunta contra o aumento, além de possíveis protestos que podem acontecer nos próximos dias. As decisões devem ser divulgadas hoje.

Também protestaram contra o aumento da passagem a União Paranaense dos Estudantes Secundaristas (Upes) e a União Paranaense dos Estudantes (UPE), que aproveitaram a oportunidade para voltar a cobrar o passe livre aos estudantes nos ônibus de Curitiba.

Ontem, a Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs) divulgou nota na qual afirma que, sem o reajuste de 15,7% da tarifa, o transporte coletivo da Rede Integrada de Transporte (RIT) de Curitiba e região teria déficit de até R$ 122 milhões. “Todas as despesas que fazem parte do serviço – combustível, ônibus, peças e acessórios, salários de motoristas e cobradores, entre outros – acumularam reajustes nos últimos cinco anos que forçaram o aumento da tarifa, mantida em R$ 1,90 desde abril de 2004. O crescimento das despesas variou de 23% (lubrificantes) a 52% (óleo diesel)”, diz a nota.

De acordo com o diretor de Transporte da Urbs, Fernando Ghignone, se a tarifa permanecesse congelada, o déficit em 2009 seria de R$ 92 milhões, considerado o aumento de 3,7% no número de passageiros, podendo chegar a R$ 122 milhões com a ampliação planejada para a frota de aquisição de 152 novos ônibus.

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