Uma mudança na forma de pagamento do transporte coletivo e o preço das tarifas revoltou usuários e a depredação de ao menos três ônibus em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, na manhã desta segunda-feira (13). O problema mais grave ocorreu no Terminal Vila Angélica, de onde os ônibus foram impedidos de sair pelos usuários.

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Veículo destruído ficou no terminal. Foto Aniele Nascimento

Ao menos três ônibus foram depredados nesse terminal e a polícia teve dificuldade para conter a população, que reclamou também do preço da tarifa e ameaçou atear fogo nos veículos. O trânsito ficou complicado nos arredores do Terminal Vila Angélica, especialmente na Avenida das Araucárias.

O descontentamento se deve também à modificação na forma de pagamento. O cartão da URBS cujos créditos tenham sido adquiridos após o dia 6 de fevereiro passou a deixar de funcionar nas linhas da região metropolitana nesta segunda. Com isso, muitos que não sabiam da mudança e estavam sem dinheiro se revoltaram.

A vendedora Mariana Lara, de Fazenda Rio Grande, reclamou da mudança. “Tenho mais de R$ 130 em crédito de transporte, mas hoje tive de tirar do meu bolso a passagem. Piorou bastante”, afirmou.

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Luzia Franco da Rocha, auxiliar de serviços gerais, contou que pessoas que estavam no ônibus com ela tiveram de sair do porque não estavam carregando dinheiro.

O Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana não comentou a depredação dos ônibus. A URBS não atendeu as ligações.

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“Sob às ordens dos poderes”

Em nota enviada à imprensa, o Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) afirmou que “que apenas cumpre as determinações dos poderes concedentes”. De acordo com a entidade, as empresas não definem a operação das linhas e nem a forma de cobrança das passagens.

O Setransp lembrou ainda que, “no dia 12 de fevereiro de 2015, reunidas na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, Urbs e Comec acordaram que ‘os créditos-transporte que os consumidores adquiriram até o dia 6 de fevereiro valerão para utilização em todas as catracas urbanas e metropolitanas integradas URBS/COMEC pelo prazo de seis meses, a contar dessa data, ou até exaurir esse estoque, o que ocorrer antes’”.

 Segundo a nota, o vandalismo “, prejudica o próprio passageiro”.

Comec

A A Comec (Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba), autarquia responsável por gerir o transporte nas cidades da RMC e ligada ao governo estadual, também se manifestou por nota e afirmou que, “com a separação financeira da Rede Integrada de Transporte (RIT), ocorrida em fevereiro, foram feitas mudanças no uso do cartão transporte do sistema metropolitano de transporte coletivo”.

De acordo com a Comec, apesar de todas as modificações, “a integração físico-operacional entre Curitiba e os 13 municípios da região metropolitana está mantida. Ou seja, o usuário metropolitano que embarcar em um ônibus da Rede Integrada de Transporte Metropolitano vai se deslocar até um terminal em Curitiba. O usuário vai descer dentro do terminal e poderá embarcar em outro ônibus, sem a necessidade de pagar uma nova passagem”.

Foto: Colaboração.
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Foto: Colaboração.
Os usuários estão impedidos os ônibus de deixarem o Terminal Angélica. Foto: Anielle Nascimento. 

Confira o vídeo feito pela cinegrafista Marina Oliveto

E foi assim que amanheceu o Terminal do Angélica, em Araucária. [Exclusiva] início do quebra-quebra.

Posted by Marina Oliveto on Segunda, 13 de abril de 2015