Parte da frota de ônibus de Curitiba e região começou a circular pouco depois das 17h. Na Praça Rui Barbosa, o primeiro ônibus a chegar no ponto foi da linha “Palotinos”. De acordo com o presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região (Sindimoc), Anderson Teixeira, será cumprido o que foi determinado pela Justiça. “Se é pra rodar 40% no horário de pico, então apenas 1.186 vão sair e nada mais”, declarou.
A partir desta quinta-feira (27), ficou acordado no Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) que 50% da frota circulará nos horários de pico (das 5h30min às 8h30min, das 11h30min às 14h e das 17h às 19h30min) e 30% nos demais horários. Este é o porcentual mínimo da frota em operação durante a greve. A desembargadora Ana Carolina Zaina também aceitou o pedido da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs) e do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) e ampliou de R$ 10 mil para R$ 100 mil a multa diária a ser aplicada ao Sindimoc por descumprimento de determinação judicial.
Reprodução/PronTV |
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Confira no vídeo o transtorno que a greve causou à população. |
Transporte alternativo continua
A Urbs confirmou que para reforçar o transporte coletivo, os veículos autorizados a fazer o transporte alternativo continuarão rodando, mas não poderão trafegar pelas canaletas. O cadastramento de veículos continuará a ser feito pela Urbs, das 6h às 17 horas, mas os veículos já cadastrados não precisam renovar o procedimento. Nesta quarta-feira (26), foram credenciados 450 veículos, entre eles microônibus, um ônibus e 214 vans.
Reivindicações
O sindicato dos trabalhadores pleiteia reajuste de salário de 16% para motoristas, acrescido do INPC, e 22% para cobradores, mais INPC; pede também a manutenção da data-base em 1º de fevereiro; quanto ao percentual mínimo da frota de ônibus em circulação durante a greve. Durante a audiência, a Urbs afirmou que a integração com municípios da Região Metropolitana onera o sistema e que o subsídio do Governo do Estado é voltado para os municípios da RMC e não para Curitiba.
O vereador Jorge Bernardi (PDT) que foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito do Transporte Coletivo reiterou que a CPI concluiu que a licitação realizada há três anos foi “nebulosa”.
Durante debate na manhã desta quarta-feira na Câmara de Vereadores de Curitiba, Bernardi declarou que a paralisação tem todos os indícios de “lockout” (quando o patrão incentiva a paralisação). “Deve-se investigar. Os empresários querem continuar explorando a tarifa”, afirmou o parlamentar.
Carolina Gabardo Bello |
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A multa ao Sindimoc foi ampliada de R$ 10 mil para R$ 100 mil. |
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