Parques de diversão têm que se adequar às normas de segurança

Os parques de diversão, por trás da magia que encanta crianças e adultos, podem esconder um segredo de dar medo. Problemas nas instalações elétricas e na manutenção dos equipamentos colocam os usuários em risco. Na maioria das vezes, o descaso é resultado do corte de custos.

Os problemas mais comuns encontrados são brinquedos sem manutenção; caixas de distribuição de energia sem proteção e de fácil acesso; fiação exposta com emendas; desgaste em partes mecânicas dos brinquedos; e falta de itens de segurança. O engenheiro Luís César Moro, gerente regional do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Paraná (Crea/PR), explica que o aparecimento de irregularidades está relacionado com a não-contratação de pessoas especializadas (engenheiros mecânico ou eletricista) pelos proprietários, principalmente para cortar custos. Todos os parques precisam ter um profissional responsável pelas instalações.

Os alvarás de funcionamento para os parques de diversão, até mesmo para aqueles que ficam apenas um período determinado na cidade, são concedidos pelas prefeituras. A autorização é acertada mediante apresentação de laudos das condições das instalações elétricas, equipamentos e de operação, além de Anotações de Responsabilidades Técnicas (ARTs), que definem quem são os responsáveis pelas instalações.

Para o coordenador técnico da Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi) – um dos órgãos que fiscalizam os parques, ligado à prefeitura de Curitiba -, Hermes Peyerl, os usuários devem prestar atenção em alguns pontos antes de embarcar nos brinquedos. É preciso verificar se há cabos elétricos sobre o piso, emendas malfeitas, equipamentos de proteção, além do estado do equipamento. "Se tiver dúvida, é melhor não entrar no brinquedo e comunicar a Cosedi", orienta.

O único parque de diversões fixo de Curitiba, situado no Parque Barigüi, foi interditado em julho deste ano, depois de diversas vistorias e notificações em 2004, por apresentar irregularidades. "Como o quadro era grave, tanto na falta de manutenção dos brinquedos quanto na instalação elétrica, se achou por bem interditar até acabar com todos os problemas", afirma Moro. De acordo com Peyerl, o proprietário já fez adaptações e sanou alguns problemas do parque, mas ainda falta muito itens para o local ser liberado.

As denúncias de irregularidades podem ser feitas na Cosedi, no caso de Curitiba (pelo telefone 156), ou diretamente nos setores de fiscalização municipal em outras cidades. O Crea/PR também recebe reclamações no telefone 0800 41 0067.

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